Caps e rede psicossocial têm iní­cios anunciados para 2015





AC Prefeitura / Evandro Ananias

Equipe que atuará no sistema e o prefeito comemoram locação de propriedade usada para atendimento

 

A Prefeitura anunciou para o ano que vem o funcionamento do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) e implantação da chamada Raps (Rede de Atenção Psicossocial). Esta última, contará com atendimento terapêutico, psiquiátrico e atenção aos usuários de álcool e drogas.

Conforme nota enviada pela assessoria de comunicação, o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, formalizou nesta semana contrato de locação de um imóvel no bairro Nova Tatuí para a implantação dos serviços.

A expectativa é que a inauguração seja feita no início do próximo ano. Entretanto, o cronograma de implantação segue a determinação do Ministério da Saúde.

Após a instalação do Caps, o atendimento nesse segmento será ampliado com os serviços residenciais terapêuticos, leitos psiquiátricos na Santa Casa, além da modalidade de Caps exclusiva para usuários de álcool e drogas.

“O conceito psicossocial também será levado ao dia a dia das unidades básicas de saúde com o chamado primeiro atendimento, de menor complexidade”, destacou o setor de comunicação.

Em nota, o prefeito classificou a implantação da rede psicossocial como “uma revolução na qualidade e na modalidade de atendimento ao paciente”. Ele citou, ainda, que a articulação para esse novo projeto teve início em 2013 com trabalho do primeiro (e ex) secretário municipal de Saúde, José Luiz Barusso.

“Infelizmente, o procedimento burocrático do setor público ainda gera demora. É preciso cumprir etapa a etapa. Graças à competência da nossa equipe técnica e à articulação política junto ao governo federal, conseguimos estruturar um projeto irretocável que mudará o conceito de atendimento psicossocial em nossa cidade”, disse Manu, por meio do setor de comunicação.

Conforme o prefeito, o mais importante é a cidade receber recursos integrais para o projeto. Como contrapartida, o Executivo oferecerá servidores.

O repasse para implantação e compra de equipamentos do Caps é de R$ 60 mil. O mesmo valor será liberado mensalmente para manutenção das atividades.

Tatuí receberá o modelo II do centro, indicado para implantação em cidades com mais de cem mil habitantes. Ele faz uso de “estruturas terapêuticas intermediárias entre a hospitalização integral e o acompanhamento ambulatorial”.

Desta forma, o Caps se responsabiliza por atender adultos com transtornos psiquiátricos graves, desenvolvendo programas de reabilitação psicossocial, estimulando sua integração social e familiar e apoiando suas iniciativas de busca da autonomia, oferecendo-lhes atendimento multidisciplinar.

Por meio da Prefeitura, a articuladora de Saúde Mental, Denise Matheiski Alkmim, disse que os pacientes serão assistidos de acordo com um projeto terapêutico singular. Ele consiste em um tratamento específico para cada pessoa.

“A equipe será composta por médico psiquiatra, assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional, enfermeiro, oficineiros, educador físico e farmacêutico”, descreveu a profissional, em nota enviada pela assessoria do Executivo.

Conforme Denise, além das consultas, o projeto será composto por diversas atividades oferecidas aos pacientes. Entre elas, estão oficinas terapêuticas e culturais, encontros coletivos de conversa e orientações individuais ou em grupo.

O Caps de Tatuí funcionará em uma chácara de 3.000 metros quadrados. O local é descrito pela Prefeitura como “agradável e com muito espaço para atividades diversificadas, como horta e pomar”. A propriedade possui área construída para abrigar os consultórios e espaços para oficinas e atividades físicas.

O projeto de implantação havia sido antecipado pela atual titular da Saúde, Cecília Oliveira França, em entrevista a O Progresso. Na ocasião, a provedoria da Santa Casa também confirmou o projeto de leitos para ala psiquiátrica.