A Câmara Municipal deve concluir mudança em prazo máximo de uma a duas semanas. É o que antecipou à reportagem o presidente da Casa de Leis, Wladmir Faustino Saporito (Pros). A alteração diz respeito à disposição dos gabinetes de cinco vereadores, que passarão a ocupar espaço no primeiro piso.
A reforma teve início na quarta-feira, 3, véspera de Corpus Christi. Saporito informou que optou pela data para que não houvesse “transtornos à população”.
Por conta do feriado religioso, os órgãos públicos – como a Câmara – não tiveram expediente na sexta-feira, 5. Dessa maneira, o prédio permaneceu fechado para atendimento ao público, mas passando por adaptação.
“Há muito tempo nós estamos para adaptar os gabinetes. São 17 vereadores e boa parte deles reclama das condições de acomodação”, explicou o parlamentar.
Saporito disse que optou por uma “reforma barata e rápida”, mas não divulgou valores. As obras consistem na instalação de paredes em gesso acartonado (drywall), mesmo modelo adotado pelo ex-presidente José Tarcísio Ribeiro.
A ideia do Legislativo é aproveitar ao máximo os espaços e conter os custos. Para isso, optou por ocupar uma parte do auditório “Vereador Lourenço Cristobal Blanco”. O sistema de construção a seco de alta tecnologia utiliza chapas de gesso acartonado, fixadas sobre estruturas metálicas.
Além de ter custo menor que a alvenaria, as paredes são ajustáveis (podem ter disposição alterada sem prejuízos). Também permitem isolamento acústico.
“Estamos usando mão de obra interna, nossa. A única coisa que tivemos de gasto são as paredes”, comentou o presidente. Conforme ele, a reforma inclui a criação de quatro novas salas para abrigar os gabinetes dos vereadores e seus assessores.
As salas ganharam janelas, que precisaram ser abertas nas paredes laterais do edifício “Presidente Tancredo Neves”. Contudo, Saporito mencionou que a obra ficou a cargo da equipe de obras da Casa de Leis. “Não teve custo”, frisou.
Saporito disse que a reforma não vai onerar o caixa da Câmara ou os cofres públicos, mas permitir melhor acomodação dos vereadores. “A única coisa que vai acontecer é que o salão vai ficar um pouco menor, mas ele é grande e vai continuar tendo espaço para sediar eventos e receber público”, argumentou.
Também segundo ele, a adaptação não implicará na “extinção” do salão. “Mesmo em evento, ele nunca lotou. Só vai ficar um pouco reduzido”, destacou.
As obras incluem a criação de mais quatro gabinetes, sendo dois do lado direito e dois do esquerdo. Eles vão abrigar seis vereadores, que sairão do térreo. Esse piso deve abrigar, ainda, a sala do vereador Luís Donizetti Vaz Júnior (PSDB).
“Ele conversou conosco e optou por ficar lá. Tínhamos proposto a ele para fazer algo diferente, mas ele quis permanecer no local”, disse Saporito.
Quatro vereadores dividirão duas salas e os demais ocuparão as duas restantes. Com a mudança, o presidente disse que o ambiente superior ficará “mais confortável”.
Ele ainda ressaltou a relação custo-benefício da adaptação, considerada necessária. “É um gasto baixo e que resolve, temporariamente, o problema dos 17 vereadores. Se tivermos 19, daqui um tempo, daí é outra questão”, comentou.
A expectativa do presidente é de que as obras terminem na semana que vem e que os vereadores possam despachar em novos gabinetes dentro de 15 dias. O prazo inclui a conclusão da instalação elétrica, equipamentos e ar-condicionado.
“Não vai ter inauguração. Na verdade, quando eu assumi a presidência, tinha prometido a eles que ia tentar acomodá-los melhor”, salientou.
Com a transferência – e a exceção do vereador Júnior Vaz –, o térreo da Câmara será ocupado somente pelo departamento administrativo da Casa de Leis.
