Big Band e Sinfônica juntam-se para única apresentação no ‘PF’

 

Nesta sexta-feira, 21, a Big Band e a Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí unem-se para apresentação única. O concerto “Especial Maestro Cyro Pereira” será a partir das 20h, no teatro “Procópio Ferreira”, à rua São Bento, 415, no centro, com ingressos vendidos a R$ 12 (R$ 6 meia-entrada).

No concerto, sob regência do maestro João Maurício Galindo e coordenação de Celso Veagnoli, os grupos apresentarão exclusivamente obras de Cyro Pereira: “O Fino do Choro 2”, “Suite Duke Ellington & Billy Strayhorn”, “Fantasia sobre tema de Duke Ellington” e “Billy Strayhornk”, “Aquarela de Sambas”, “Gershwin Suite” e “A Lyra do Lyra” (Fantasia sobre temas de Carlos Lyra).

Cyro Pereira foi um dos últimos representantes da escola de maestros italianos, como Gabriel Migliori e Lyrio Panicalli. Foi um dos criadores da Jazz Sinfônica, com a qual também atuou como maestro.

Trabalhou com Migliori em trilhas sonoras como a do filme “O Cangaceiro” (apesar de não aparecer nos créditos). Viveu intensamente a música na era do rádio e, depois, com o advento da televisão, em festivais.

Na Rede Record, era quem comandava a orquestra durante os festivais que revelaram Caetano Veloso, Chico Buarque, Roberto Carlos e Jair Rodrigues. Também atuou no programa “O Fino da Bossa”, com Elis Regina e Jair Rodrigues.

Conforme a assessoria do Conservatório, há fatos curiosos sobre o compositor. Entre eles, a “história da incrível dedicação do maestro para compor”.

“Como cresceu naquele ambiente em ebulição do rádio e da televisão, gostava de deixar os dois aparelhos ligados enquanto estava compondo em casa, e só comia quando a esposa insistia muito. Criava de forma compulsiva, sempre com um cigarro na mão, até em tempos contemporâneos, quando uma placa informava: ‘Proibido Fumar’”, cita-se em nota.

Cyro deixou um único disco: “Cyro Pereira – 50 anos de música”, de 1997, reeditado dez anos depois.