Bazar do Fusstat arrecada R$ 27 mil para contribuir com as capacitações

 

Classificado pela presidente do Fusstat (Fundo Social de Solidariedade) como um “sucesso”, o bazar realizado pelo órgão na semana passada deve garantir o funcionamento dos centros de capacitação nos próximos meses.

No total, foram arrecadados R$ 27.040,00 com a venda de roupas seminovas, dos quais R$ 17 mil, somados somente no primeiro dia. O valor surpreendeu a presidente do órgão, Sônia Maria Ribeiro da Silva. Para ela, o faturamento em quatro dias deve ter superado o de muitas lojas da cidade.

Sônia deverá investir os R$ 27 mil na compra de insumos para os cursos das áreas de corte e costura, panificação, artesanato e beleza, realizados nos oito centros de capacitação espalhados pela cidade.

“Fiquei surpresa, achei que chegaria uma hora e não teríamos mais coisas para vender. Do nada, chegavam mais caixas com donativos de pessoas que sequer tínhamos pedido roupas usadas. As pessoas ficaram sabendo pela imprensa e vieram nos ajudar, tanto comprando quanto doando”, disse a professora.

Além da compra de insumos, o órgão providenciou a manutenção de máquinas de costura e de fornos de todos os centros de capacitação. Alguns gabinetes de costura serão substituídos, pois estão com parte da madeira apodrecida, devido à umidade.

A presidente do órgão afirmou que pedirá, para empresários, doações de matérias-primas a serem usadas nas aulas, principalmente nas de panificação e culinária. O objetivo é economizar na compra de farinha de trigo, óleo, açúcar, fermento e alimentos vegetais, além de utilizar o dinheiro em cursos mais dispendiosos.

Sônia também pretende colocar em funcionamento cerca de 30 computadores que estão desmontados. Ela ainda não sabe se os aparelhos estão com problemas e se necessitarão de reparos.

Eles serviam para aulas de computação no centro de capacitação instalado na CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) “Orlando Lisboa”.

A O Progresso, a presidente do Fusstat adiantou que irá “passar a bênção para frente”, relembrando um ensinamento da própria mãe. As roupas que sobraram serão destinadas a instituições de caridade da cidade e vão vestir “os tatuianos que mais necessitam”, por sugestão das conselheiras do Fusstat.

“As roupas de lã nós separamos para a Campanha do Agasalho. Então, devemos começar a campanha no inverno com um bom estoque de donativos. Isso vai ajudar muita gente quando o frio chegar”, argumentou.

Segundo a presidente, as roupas de festa que sobraram do bazar serão reformadas durante as aulas de costura do Fundo Social e disponibilizadas nos próximos bazares.

“Servirão como materiais de estudo. Conforme o caso, serão reformados ou então reaproveitados em outras peças. Não vamos perder nada, tudo será aproveitado da melhor forma”, apontou.

A ideia de realizar um “bazar itinerante” nos centros de capacitação não foi descartada, apesar de o Fusstat ter programado a doação das sobras de roupas para instituições.

Para abastecer os novos bazares, a presidente espera que a população continue doando roupas, brinquedos e sapatos seminovos. A renda será revertida para a compra de insumos, o que permitirá a abertura de novos cursos de capacitação.

“Vi que todos ficaram contentes, e muitas pessoas nos procuraram para participar dos próximos bazares como vendedores. Voluntariado não falta para as ações do Fundo Social. Sinto que a cidade está nos abraçando”, comentou.

A ideia da realização do bazar e divisão dos trabalhos partiu da prefeita Maria José Vieira de Camargo e das conselheiras do Fusstat, o que acabou possibilitando a Sônia continuar com a organização do cronograma dos cursos de capacitação.

“Para não sobrecarregar, fiquei com as outras tarefas. Mas, ainda assim, eu passava todos os dias na casa onde foi realizado o bazar para ajudar na arrumação e fazer a reunião com as meninas, ver como estava indo. Foi muito produtivo deixá-las coordenando os trabalhos, fizeram muito bem”, disse.

Uma das tarefas desempenhadas por Sônia no decorrer do bazar foi a série de entrevistas com voluntárias que darão aulas nos centros de capacitação.

“Para dar aulas, precisa ter conhecimento e o perfil adequado. Aproveitei para saber das professoras as ideias que elas tinham para os cursos”, afirmou.