As vacinas aprovadas contra gripe para 2020; campanha já começou

Dr. Jorge Sidnei R. da Costa – Cremesp 34.708 *

O outono já chegou e com ele as quedas bruscas de temperatura, tempo de começar a disseminar o vírus da gripe. No inverno passado no hemisfério norte e principalmente nos EUA, onde teve um inverno rigoroso, houve um surto de gripe suína (H1N1) e um surto pelo H3N2 e muitos casos de morte.

Conheça as vacinas que podem ser aplicadas neste ano tanto na rede pública como na privada. E quais os grupos prioritários que podem recebê-las de graça.

Todo ano, a composição das vacinas contra a gripe muda. Por isso é recomendado tomá-las em todos os anos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta semana, as vacinas aprovadas para prevenir a gripe em 2020. O governo refaz essa lista todo ano, porque as companhias precisam atualizar a composição dos imunizantes baseados nas mutações constantes do vírus influenza e nos subtipos com maior probabilidade de circular pelo país nos próximos meses.

Este ano, a vacina contra a gripe ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já começou neste dia 23 de março, primeiramente para os idosos acima de 60 anos, que neste ano tem uma novidade: o paciente pode tomar a vacina na própria casa (a equipe pode deslocar-se até o local).  E também nessa data para os profissionais de saúde.

Tomar a vacina injetável anualmente é importante, porque a gripe pode ter consequências sérias, como pneumonia e infarto. Para ter ideia, ela mata mais de 650 mil pessoas todos os anos, segundo a OMS. A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) recomenda a proteção para todas as pessoas, adultos e crianças, a partir dos seis meses de vida, principalmente as mais sujeitas a complicações graves.

O governo federal adquiriu milhões de doses, com a meta de atender cerca de 60 milhões de pessoas. A primeira fase nacional, que vai até 15 de abril, abrange os idosos acima de 60 anos e os profissionais de saúde, que sempre estão na linha de frente no atendimento dos pacientes.

Depois no dia 16 de abril serão focadas em professores e profissionais de segurança e salvamento. A partir de 9 de maio, em crianças (de seis meses a seis anos de idade), gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filhos recentemente), maiores de 55 anos e população indígena.

Se sobrarem doses, poderão ser liberadas para pessoas de qualquer idade com doenças crônicas (diabetes, cardíacas e respiratórias, distúrbios que comprometem a imunidade, como o câncer, e outras).

Vacinação particular

Indivíduos que não se encaixam nessa lista podem procurar a rede privada para se proteger. Os valores devem variar entre R$ 150 e R$ 175 por dose, até o final de março e começo de abril, sendo que poderá ser feito dentro das empresas (se houver quantidade disponível, pois neste ano a procura está sendo muito grande e os estoques estão se acabando) para os funcionários, saindo assim com um valor menor do que a dose individual.

Assim, a empresa estará beneficiando seu quadro de funcionários e estará evitando o absenteísmo (falta ao trabalho). O custo-benefício desse ato é extremamente positivo para as empresas.

Quanto aos dois tipos de vacinas (trivalente e tetravalente), ainda não sabemos qual vamos receber. A trivalente protege contra três vírus: os dois mais perigosos, que são o H1N1 e o H3N2, e outro, o vírus B (vírus da gripe comum). E a quadrivalente, que contem o vírus H1N1, o H3N2 e 2 vírus comum do tipo B.

Quem analisa os dados epidemiológicos e faz essa seleção dos vírus que contêm na vacina anual é a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o auxílio de instituições de todo o mundo, inclusive do Brasil.

A OMS não indica preferência por um tipo ou outro da vacina. O importante mesmo é vacinar-se o mais breve possível, antes que a gripe chegue!

Fonte: https://saude.abril.com.br e arquivos do Cevac – Centro de Vacinação de Tatuí.

* Médico pediatra com título de especialista em pediatria pela AMB e SBP e diretor clínico do Cevac – Centro de Vacinação de Tatuí.

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