O setor administrativo, o almoxarifado e a garagem da Secretaria Municipal da Educação passarão a funcionar em um só lugar. Eles serão transferidos – em data a ser estipulada pela Prefeitura – para o Polo Educacional Municipal, anunciado pelo prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu.
Segundo ele, a unificação resultará em “economia para os cofres públicos” e no cumprimento de uma das propostas do plano de governo da atual administração.
O prefeito anunciou que quer, ao longo do primeiro mandato – que se encerra em 2016 –, não ter mais dispositivos funcionando em prédios locados.
No polo, o Executivo concentrará “diversos núcleos da Educação”. Vai transferir de imóvel alugado o almoxarifado e uma parte da garagem da secretaria.
O núcleo de atenção que cuida de crianças com dificuldade de aprendizado também passará a funcionar em prédio próprio, situado no Jardim São Paulo.
“Só com isso, vamos economizar mais de R$ 15 mil por mês em locações de imóveis”, calculou o prefeito. De acordo com ele, a meta é oferecer melhores condições de trabalho aos funcionários da pasta e “enriquecer o patrimônio público”, por meio do fim de alugueis.
Com a economia do dinheiro, a Prefeitura espera ter fundo suficiente para construção de mais creches e manutenção das existentes. “Também aplicaremos em coisas que, realmente, são prioridades”, adiantou o prefeito.
Também segundo ele, a centralização permitirá à secretaria concentrar-se em ações como a “universalização das vagas em creches” e a melhora na alfabetização das crianças que estudam no primeiro ciclo do ensino fundamental.
Para isso, a Prefeitura programa-se para inserir um estagiário de pedagogia em cada sala de aula em auxílio aos professores.
Manu havia comprometido-se, em campanha, a colocar dois professores por sala de aula. O objetivo é oferecer melhores condições de trabalho aos educadores e, com isso, proporcionar mais qualidade de ensino em salas com até 40 estudantes.
No Jardim Santa Rita de Cássia, a situação deve melhorar com a construção de duas novas unidades de ensino. “Lá, é realmente absurdo o número de crianças numa sala de aula. Então, com as duas escolas de ensino fundamental e médio, vamos equalizar o problema que abrange a região”.
Nas demais unidades, Manu afirmou que está discutindo com o Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura a possibilidade de deslocar estagiários de pedagogia. Eles auxiliariam os professores na alfabetização.
“Essa é a nossa meta. Também diminuir o número de crianças por sala com as escolas e, com um planejamento eficiente, colocar os estagiários para auxiliar”, apontou.
As ações da Educação, conforme ele, estão acontecendo no “tempo certo”. O polo educacional, por exemplo, foi possível por conta da “política de economia”.
Com a redução de custos, o Executivo conseguiu adquirir um prédio que está “totalmente reformado”. “Foi feito pintura, encanamento, todas as salas têm ar-condicionado. É, realmente, algo de primeira linha”, citou.
A inauguração ainda não tem prazo definido, uma vez que o prédio foi adquirido pela Prefeitura no dia 12 deste mês. O Executivo pagou R$ 1,2 milhão, com recurso do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
O prefeito explicou que a verba é da fatia dos 40% do Fundo que são destinados exclusivamente à compra de equipamentos para a Educação. “Não entra nos 60% que são do pagamento e valorização do professorado”, disse.
Manu afirmou, também, que a Prefeitura não utilizou o percentual que diz respeito ao pagamento do bônus mérito. Em entrevista, ele fez questão de frisar que o Executivo tem compromisso de pagar o bônus no início de janeiro.
“Já expliquei, em todas as formaturas (da rede municipal), que o fechamento das contas será no dia 30 de dezembro, e o pagamento, em janeiro”, disse. O prefeito assinou o decreto do “bônus mérito” no dia 6 de dezembro.
De acordo com ele, o bônus será pago “na hora certa”. “O que eu posso dizer é que vai ser um valor muito melhor do que o último que eles receberam. Isso eu posso garantir, porque fizemos muita economia”, prometeu.
Manu afirmou que não pôde quitar o valor referente a 2012, uma vez que a questão está sendo discutida na Justiça. Conforme o prefeito, o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais ingressou com ação contra a Prefeitura para que o Executivo, se determinado pelo Judiciário, pague o benefício.