Adoção de cães cresce depois de divulgação em rede social





O número de cães adotados no Canil Municipal aumentou em dez vezes desde que a Prefeitura começou a fazer campanha pelo “Facebook”. Entre os dias 25 de julho até segunda-feira, 15, foram levados dez animais. A soma em 21 dias superou as médias mensais, que não ultrapassam uma doação.

Apesar do aumento do número de pessoas que procuraram o canil para adotar, o local ainda abriga 80 animais – a maioria do sexo feminino, adulta e sem raça definida.

Segundo a cuidadora Lucélia Patrícia Brandini, o canil está com superlotação. O local superou em 30 animais a capacidade máxima de 50 cães. Com divulgação constante, Lucélia diz esperar que o número de adoções continue avançando e, assim, diminua a quantidade de cachorros do abrigo.

O perfil do animal adotado contraria a crença popular de que os filhotes são os preferidos. De acordo com Lucélia, a maioria dos cães que encontram um lar definitivo é adulta.

“Creio que seja por eles darem menos trabalho e não chorarem tanto quando chegam a um local estranho”, explicou.

Os animais são entregues aos doadores vermifugados, vacinados e as cadelas, castradas. Quando estão no abrigo, são acompanhados por veterinário, que presta assistência quando ficam doentes.

As cuidadoras observam o estado de saúde dos cães quando eles chegam ao canil. Animais paraplégicos, amputados, adoecidos e atropelados passam por atendimento veterinário e até ficam internados, se necessário.

“Hoje, não estamos recebendo animais de rua porque estamos com superlotação, não temos mais capacidade. Apenas aqueles casos em que os cachorros foram atropelados e precisam de assistência veterinária”, declarou.

A adoção de animais segue alguns critérios para evitar que os cachorros voltem às ruas depois de terem recebido um lar definitivo. A família que pretende levar o cão passa por entrevista e preenche formulário, em que se compromete com a guarda do animal. A residência onde o cachorro irá morar passa por visita.

A equipe do canil liga para a família ocasionalmente, para saber do estado de saúde do cachorro e a adaptação dele ao ambiente novo, tudo para garantir o bem-estar do animal. “Nós acompanhamos a situação por 20 dias, que é o tempo de adaptação”, afirmou.

Segundo Lucélia, nos casos em que são percebidos possíveis maus-tratos ao animal adotado, o cão é retirado da família e volta ao abrigo. A incidência de tomada do animal é baixa.

“Não doamos o animal para que ele fique amarrado o tempo todo. Nós sempre buscamos dar um lar digno aos nossos cachorros, com alimentação adequada, um local confortável e longe do frio”, acentuou.

Os interessados em adotar um cão podem visitar o canil em qualquer dia da semana, das 8h às 13h30, na estrada dos Fragas, próximo à futura fábrica da Noma.

“Eles precisam de uma família, amor e carinho. Quem adota um cachorro ganha um companheiro para a vida toda”, opinou.