A história do Exército Brasileiro





Soldados! “É fácil a missão de comandar homens livres; basta mostrar-lhes o caminho do dever”! (General Osório)

A história do Exército Brasileiro

Na tradição do Exército Brasileiro considera-se o dia 19 de abril de 1648 como aquele em que simbolicamente foram constituídas as raízes da mais antiga das três forças armadas nacionais.

A data faz referência à Batalha dos Guararapes, envolvendo holandeses e luso-brasileiros e onde se reconhece que pela primeira vez indígenas brasileiros, africanos escravos e brancos portugueses e brasileiros se uniram para reconquistar o território há anos ocupado pelos holandeses no nordeste do Brasil. Por isso mesmo, no 19 de abril comemora-se o Dia do Exército.

Na prática, a história do Exército brasileiro tem início, assim como a história da Marinha, com a independência do país. A separação do Brasil de sua metrópole não se deu de modo pacífico, houve resistência concreta nas províncias Cisplatina, Bahia, Maranhão e Pará, sendo necessária a atuação do exército, com destaque para Maria Quitéria, baiana que se disfarçara como homem para participar da luta, tendo se destacado no campo de batalha.

Conquistada a independência, o exército logo irá intervir na Guerra Cisplatina, que resulta na independência do Uruguai. O revés faz com que a diplomacia brasileira busque uma posição de não intervenção nos assuntos dos países vizinhos ao sul.

Somente vinte anos depois o Brasil sente-se impelido a enviar tropas à região, ante a política expansionista de Juan Manuel de Rosas e Manuel Oribe, ditadores argentino e uruguaio, respectivamente.

Ainda no século XIX, os soldados do Exército tiveram a primeira grande experiência internacional, participando da Guerra do Paraguai.

No conflito, a instituição se consolidou e reorganizou sob o comando de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, que é considerado por isso mesmo o patrono do Exército Brasileiro.

O exército somente voltaria a se envolver em algum conflito na Segunda Guerra Mundial, organizando a FEB (Força Expedicionária Brasileira), onde, ao lado da Força Aérea  teve uma participação importante na tomada da Itália Fascista pelos Aliados.

A partir da década de 1960, houve grandes transformações, no Exército, haja vista não só os equipamentos e armamentos projetados e fabricados pelas indústrias nacionais, como também a renovação efetuada no sistema de instrução e a reestruturação das atuais divisões de Exército e Brigadas, combinações de tropas mais leves e flexíveis, mais adequadas ao ambiente operacional brasileiro.

Atualmente, o Exército Brasileiro tem a missão de defender o território e a soberania brasileira, garantir a manutenção da Lei e da Ordem, e ajudar a população em caso de calamidades.

Importante também é ressaltar a participação do Exército na política brasileira desde a Proclamação da República, em 1889. Com a redemocratização em 1985, os militares voltaram aos quartéis e restringiram sua participação na vida nacional às suas funções constitucionais.

Em nível internacional, entre os anos 1980 e a década inicial do século XXI, a participação do Exército na tarefa de reorganização do Haiti, país que passou por um colapso institucional, vivendo um período caótico.

Duque de Caxias, o Patrono do Exército Brasileiro, com certeza teria orgulho dessa instituição que cumpre, com galhardia e heroísmo o dever de preservar a soberania e a integridade do Brasil.