A crise chegou E agora?





“Quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.” (John Kennedy)

Um momento de instabilidade econômica assola nosso país, mas quais providências podem ser tomadas caso os resultados positivos desapareçam? O que fazer, em três passos, para não deixar a crise abalar suas vendas e a sua empresa?

Primeiro passo: reunir a equipe, jogar aberto e ser o mais transparente possível podem auxiliar a entender qual é o verdadeiro problema. Um diálogo franco ajuda, afinal, participação gera comprometimento. Isso cria um ambiente favorável e todos perceberão que precisam estar empenhados para reverter a situação.
Esse bate-papo colabora, ainda, na diminuição das conversas de corredor e fofocas sobre o período que a organização enfrenta e ainda tende a gerar um maior engajamento das pessoas diante das dificuldades.

Procure também blindar o pessoal contra o pessimismo, pois o bom humor e o otimismo colaboram (e muito) para manter a calma e promovem assertividade nas decisões a serem tomadas.
Segundo passo: propor mudanças. É hora de sair da zona de conforto, mudar para melhor, quebrar paradigmas e, neste momento, a criatividade deve ser a palavra-chave. Uma fase de turbulência pode também ser o tempo certo de descobrir novas ferramentas para focar no alvo certo, atender de forma mais personalizada os clientes atuais, além de implementar novas práticas para vender mais e melhor.

Trata-se de um período adequado para unir ainda mais o grupo, tempo de substituir a competição por colaboração interna. Se quiser competir, que seja com a concorrência.

Terceiro passo: algo a mais. Talvez, esta seja a etapa mais importante. Em tempos difíceis, é hora de o líder pedir um extra e de cada colaborador se dispor a dar um algo a mais. Tenha em mente que, se você deseja vencer a crise, será preciso fazer mais do que já tem feito até agora, um esforço extra que valerá a pena logo à frente.

Se está difícil vender, não adianta ficar reclamando da vida e culpando a crise. Reflita o que você tem feito além do normal para não deixá-la influenciar suas metas.

Por exemplo, se o vendedor tem o hábito de visitar dez clientes por dia, é melhor que comece a fazer pelo menos 12 visitas. Ou, se costuma realizar 25 ligações por dia, é hora de fazer 30 para possíveis compradores. Repare: cinco ligações a mais por dia podem significar por volta de 750 novas e diferentes oportunidades no semestre. Se, normalmente, surgem dois ou três clientes novos por semana, mire cinco como objetivo. Quem sabe sair do trabalho meia hora mais cedo ou 20 minutos mais tarde todo dia pode render um novo e grande contrato? Ou seja, aumente suas possibilidades!
Pense e responda: Qual tem sido o meu algo a mais ou novo diferencial nessa fase?

Quando o vento está a favor e tudo segue fácil, qualquer um vende ou executa o serviço proposto.

É muito motivador saber que, nos momentos difíceis, poderemos encontrar verdadeiros talentos preciosos em nossa organização e que são períodos assim que propiciam oportunidades de aprendizados e crescimento pessoal e profissional.

Portanto, aja com calma. Não adianta o empresário se desesperar e jogar tudo para o alto, como também não é hora do vendedor, na primeira dificuldade, abandonar o barco. Lembre-se, são os mares mais bravos e agitados que costumam formar os melhores marinheiros e marinheiras.

Mãos à obra, o momento é agora! Não adianta nada ficar chorando depois pela redução nas comissões ou perda do emprego. Antecipe-se e faça a diferença já!

* Especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”.