Museu “Paulo Setúbal” apresenta livro sobre as pinturas de basílica

Noite com sessão de autógrafos acontece nesta próxima quinta-feira

Leonardo Costa de Camargo Barros, o autor do livro “A Arte que nos Catequiza” (foto: AI Prefeitura)
Da redação

Nesta quinta-feira, 3, às 19h, o Museu Histórico “Paulo Setúbal”, da prefeitura de Tatuí, recebe o lançamento do livro “A Arte que nos Catequiza”, escrito pelo seminarista Leonardo Costa de Camargo Barros.

Lançado em comemoração aos 200 anos do trabalho católico em Tatuí, a obra retrata e descreve as pinturas presentes na Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição, templo católico mais antigo do município, com o intuito de “explicar os significados” delas, usando como fonte o magistério da igreja e as falas de santos da Igreja Católica.

Segundo Camargo Barros, o processo de elaboração do livro e sua motivação nasceram durante a preparação da documentação para a elevação do santuário a basílica menor.

“Após pesquisarmos a parte histórica, surgiu a possibilidade de também levar informações sobre as pinturas. Com isso, me veio em mente as perguntas que as pessoas fazem quando visitam a basílica sobre as pinturas, quais são as mensagens contidas nos diversos símbolos”, relatou.

“Levando em consideração os questionamentos dos fiéis, decidi buscar a fundo os significados dos desenhos e trazer as respostas ao público em geral, que terá a chance de pesquisas neste livro”, afirmou o seminarista.

Para Camargo Barros, divulgar o conhecimento das pinturas “é importante e democratiza a informação”, além de “fortalecer a fé das pessoas, assim como a mensagem catequética do Evangelho”. “É um patrimônio não só da Igreja Católica; é de toda a população tatuiana”, pontuou.

Segundo o seminarista, as pinturas sacras são “uma espécie do evangelho das pessoas mais simples”. “Antigamente, em uma sociedade em que as pessoas não tinham acesso à educação e à alfabetização, as imagens protagonizavam o papel de transmitir os valores do evangelho”, mencionou.

Para ele, aos poucos, isso mudou. “Hoje, temos que explicar o que cada imagem quer dizer, e vai muito além de uma fundamentação teológica profunda do que significam as passagens bíblicas”, complementou.

No livro, os leitores encontram fotos da basílica, um resumo histórico dos 200 anos de sua existência e a explicação detalhada sobre cada imagem contida em seu interior. “Sinto como se fosse um resgate histórico do que foi o fundamento das pessoas que ajudaram a fundar Tatuí”, completou.

“Que o livro seja útil e, ao mesmo tempo, um presente para todos aqueles que o tomarem em suas mãos; que o conhecimento e o estudo de cada detalhe aqui narrado possam esclarecer e fortalecer a fé de todos os leitores”, afirmou o reitor da basílica, padre Élcio Roberto de Góes.

O Museu Histórico “Paulo Setúbal” está situado na praça Manoel Guedes, 98, centro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (15) 3251-4969.

Sobre o escritor

Camargo Barros iniciou o caminho de “discernimento” aos 14 anos, junto aos frades franciscanos da Ordem dos Frades Menores, no Seminário Santo Antônio, de Agudos (SP), onde fez o ensino médio. Em seguida, suspendeu o percurso vocacional para aprimorar os estudos, ocasião na qual graduou-se em direito.

Atendendo a um convite dos frades franciscanos da Custódia da Terra Santa, em Jerusalém, partiu em missão em meados de agosto de 2018, sendo sua missa de envio realizada aqui, no então santuário.

Permaneceu por um ano em Belém, na Palestina, onde realizou diversos trabalhos voluntários com cristãos e, “sentindo fortemente o reaflorar do ardor vocacional”, reiniciou seu percurso de formação junto aos frades.

Em Montefalco, cidade próxima a Assis, na Itália, realizou o primeiro ano de postulantado e, no Convento do Santo Monte Alverne, na Toscana, fez seis meses de noviciado, percurso no qual os candidatos fazem a opção por ingressar efetivamente na Ordem ou seguir outro caminho.

O seminarista conta que decidiu “voltar ao Brasil e dar continuidade ao seu percurso junto de seu povo, e próximo de suas origens, na Diocese de Itapetininga”.