Museu de Tatuí promove oficina de samba de roda do projeto ‘Mó Juba’

Atividade visa promover as culturas populares pela valorização da capoeira

Danças da cultura e canto populares fazem parte de encontro (foto: AI Prefeitura)
Da redação

O projeto “Mó Juba”, de Meriele Paulino, realiza uma oficina de samba de roda neste sábado, 26, das 14h às 17h, no Museu Histórico “Paulo Setúbal”. A ação visa promover as culturas populares em Tatuí por meio da valorização e reconhecimento da capoeira como instrumento pedagógico de resgate cultural e histórico.

De acordo com Meriele, no encontro, serão realizadas danças da cultura e cantos populares. “O objetivo é protagonizar a pesquisa, o estudo, as vivências e as histórias das pessoas que praticam essa arte, como forma de registro e resistência da valorização da cultura preta, que diariamente enfrentam as consequências do racismo estrutural”.

Conforme a proponente do projeto, a oficina também foca nos conhecimentos e valores específicos da capoeira no processo de aprendizagem, “proporcionando aos participantes a compreensão da pluralidade, do respeito e da valorização das diferenças culturais”.

A aula também “resgata valores sociais, como respeito, solidariedade, amizade, valorização do trabalho e da natureza por meio das práticas pedagógicas e culturais da capoeira, desenvolve e promove relações humanas e afetivas”.

Ainda segundo Meriele, a oficina apresenta subsídios para o desenvolvimento de programas escolares e educativos que envolvem a capoeira como ferramenta cultural e pedagógica, além de analisar e discutir as implicações pedagógicas no processo de ensino-aprendizagem da capoeira.

Meriele Paulino

A capoeirista e percussionista Meriele Paulino é a responsável pelo projeto “Mó Juba”. Conhecida como “Pepê”, ela atua há 15 anos na capoeira e no estudo de práticas populares e tradicionais de cultura, recebendo ensinamentos de diversos mestres, como Suassuna, Tinta Forte e Invertebrados.

Ao longo da carreira, realizou diversos cursos, especializando-se nas práticas de maculelê, puxada de rede, coco e samba de roda. “Destaque para a sua atuação no curso ‘Corpo em Movimento’, com o mestre Zebrinha (Bahia), coreógrafo do Bando de Teatro Olodum, a maior escola de teatro de negros do Brasil”, aponta a assessoria de comunicação da prefeitura.

Meriele foi orientadora do curso “Dendê em Autora”, na Bolívia, realizado pelo grupo Cordão de Ouro, a convite do instrutor Negô Negô. Na Bahia, atuou por quatro anos na aplicação de cursos de capoeira e puxada de rede.

Atualmente, ela estuda percussão no Conservatório de Tatuí. A capoeirista também tem conhecimento em toques como ijexá, congo de ouro, barra-vento, samba de roda, berimbau e outros.

No teatro, já atuou como percussionista em diversos espetáculos, em parceria com o Conservatório de Tatuí.