Da Redação
Policiais militares libertaram na madrugada de domingo, 15, uma mulher de 41 anos que havia sido amarrada com o cadarço das próprias botas em um canavial. A vítima foi encontrada na estrada municipal que liga Tatuí a Laranjal Paulista, tendo permanecido por, aproximadamente, oito horas até ser socorrida.
Conforme boletim de ocorrência, a mulher estava presa junto a um pé de cana-de-açúcar, com as mãos amarradas para trás. O caso foi registrado às 12h02 no 2º Distrito Policial. O crime, no entanto, teria ocorrido por volta das 4h, depois de a vítima sair de uma festa, no bairro Rio das Pedras.
Em depoimento, a vítima disse não saber precisar onde aconteceu o evento. Afirmou apenas que estava, na ocasião, na companhia da filha e de uma amiga, de idades não informadas. As duas teriam deixado o evento antes da mulher, que, mais tarde, aceitara a carona de um desconhecido, de quem não sabe o nome e não conseguiu informar as características físicas.
O veículo era ocupado por outras duas pessoas e, conforme a vítima, teria quebrado assim que o grupo deixara o evento. No banco de trás do carro (de ano, cor, modelo e placas não informados) havia duas moças e um rapaz. Os passageiros teriam deixado o automóvel e pegado carona com outras pessoas que retornavam à cidade imediatamente após a pane. A vítima, no entanto, decidiu ligar para um vizinho para pedir que ele fosse buscá-la.
Enquanto caminhava e conversava com o amigo por telefone, ela fora abordada por um homem, usando moletom com capuz e um desenho vermelho na frente. Ele teria ameaçado a mulher, arrancado o celular que ela segurava em uma das mãos e, em seguida, a agredido.
A vítima disse em depoimento que sentiu ser atingida na testa por algum objeto, provavelmente uma pedra. Na sequência, caiu ao chão e percebeu que estava sendo arrastada. Por ter ingerido bebida alcoólica, ela declarou que não se recordava se havia perdido ou não a consciência ou se teria adormecido após o ataque, acordando antes do amanhecer.
Assustada e presa junto ao pé de cana, a mulher começou a gritar por socorro. Uma motociclista que passava pelo local ouviu os gritos e acionou a PM. Depois de ser libertada, a vítima foi encaminhada para a Santa Casa de Misericórdia, onde houve a constatação de lesão na testa. A vítima não sofreu violência sexual e tampouco teve objetos pessoais subtraídos. Ao lado dela, os militares encontraram uma bolsa e um celular no chão.
Testemunhas estão sendo ouvidas para contribuir na investigação. A polícia solicita que qualquer pessoa que possua informações sobre o ocorrido entre em contato. O agressor ainda não foi identificado.