Da redação
No sábado da semana passada, 9, uma mulher moradora do bairro San Marino declarou ter sido vítima de estupro em Tatuí. De acordo com o boletim de ocorrência, ela estava na casa da namorada quando foi surpreendida por um homem encapuzado e com um revólver.
A vítima conta que ele perguntou se ela estava sozinha na casa e, com a confirmação, ele colocou as mãos dela para trás, tirando-lhe a roupa e cobrindo o rosto dela com uma blusa.
Em seguida, contou que fora abusada sexualmente. Relatou que, após o ato e ainda com a arma apontada para ela, o homem pediu para irem até o banheiro. Já vestida, eles retornaram à sala, quando foi abusada pela segunda vez.
Novamente no banheiro, ele pediu para ela lavar as partes íntimas dele, momento em que teria ocorrido o estupro pela terceira vez. Ainda de acordo com os relatos da vítima, em seguida, o homem enviou um áudio via WhatsApp a uma pessoa, dizendo estar “com uma gostosa”.
Em desespero por pensar que o homem havia chamado mais alguém, ela pediu para tomar água, quando saiu correndo pela rua, gritando por socorro.
Com a ajuda de vizinhos, que acionaram a Polícia Militar, a mulher foi encaminhada à UPA.
No hospital, a vítima não conseguiu detalhar aos policiais o que tinha acontecido, no entanto, mais tarde, pediu que os agentes voltassem à unidade de saúde, pois disse recordar-se do “olhar, voz, cheiro e tamanho” do homem.
A vítima reconheceu o acusado como sendo um colega de trabalho da namorada, a qual relatou que o acusado havia pedido para ficar um tempo na casa dela “por não ter para aonde ir ao separar-se da esposa”.
Segundo relatos da namorada da vítima, ela mora na casa há três meses e declarou que, na quinta-feira da semana passada, 7, ela pedira ao acusado para deixar o portão da casa destravado, por conta de a namorada (vítima) vir passar o final de semana no local.
Mais tarde, a vítima ligou para ela, dizendo ter sido estuprada. No entanto, não falou quem era o autor. As duas, então, foram em busca de imagens das câmeras de monitoramento de vizinhos, pelas quais reconheceram o homem como sendo o colega de trabalho e hóspede da namorada da vítima.
Em depoimento à Polícia Civil, a atual namorada do acusado relatou que, no dia dos fatos, ela havia ligado para ele por volta das 13h, no entanto, ele somente chegou à residência dela às 21h. Ainda contou a versão sobre o ocorrido, dizendo que “a casa onde a moça mora havia sido assaltada”.
À polícia, o homem negou as acusações, declarando que, no horário dos fatos, ele estava trabalhando como motorista de aplicativo e sustentou que a pessoa que aparece correndo nas imagens mostradas pelas câmeras não seria ele, bem como também negou que o carro mostrado nas imagens não é dele.
Disse, ainda, que ele é amigo das duas mulheres, inclusive, que iriam viajar juntos para a praia. E, também, que ficou sabendo do ocorrido pela vítima e fora até o hospital na intenção de “dar assistência a ela”.
De acordo com o BO, embora a abordagem não tenha sido configurada como flagrante, somente pelos fatos apresentados pela vítima, reconhecendo o autor pelo “olhar, voz e cheiro”, a PC confirmou ter indícios suficientes da autoria do crime, sendo decretada a prisão do acusado.