Na madrugada de sexta-feira, 9, três veículos que transportam pacientes para receberem tratamentos médicos em outros municípios não rodaram durante duas horas, impactando diretamente em 37 pessoas.
A paralisação, que ocorreu das 2h às 4h, foi motivada pelo não recebimento de horas extras referentes ao mês de outubro, no dia anterior. Cerca de 30 motoristas do setor de frota tinham direito ao valor adicional, mas haviam recebido apenas o salário.
Os servidores alegaram que o transporte não realizado durante esse período teria afetado somente exames e consultas. Transportes para serviços essenciais, como para hemodiálise, por exemplo, teriam ocorrido normalmente.
Em nota, a Prefeitura afirmou que o pagamento dos servidores públicos está em dia e que o atendimento foi normalizado.
Conforme a assessoria, a Prefeitura fez auditoria interna sobre o pagamento das horas extras este mês e, no momento do lançamento dos dados, aconteceu um erro no sistema informatizado.
Ainda na quinta-feira, 8, o erro foi detectado e a Prefeitura realizou depósito complementar aos funcionários para que as horas extras fossem creditadas até o final do horário bancário do dia seguinte.
Ainda em nota, a assessoria assegurou que a Secretaria de Saúde já havia iniciado contato com as pessoas prejudicadas e com as unidades de saúde para reagendar os atendimentos médicos.
Por fim, a Prefeitura garantiu que, até o final deste ano, a empresa contratada para trabalhar com o plano de carreira dos servidores municipais irá apresentar a minuta de um projeto de lei a ser encaminhado para análise da Câmara Municipal.
Em reunião com os representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, ainda na sexta-feira, 9, a Prefeitura recebeu pauta de reivindicações dos motoristas do setor de frota, para ser analisada pela Secretaria de Negócios Jurídicos e Procuradoria do Município.
Nessa pauta, eles pedem, entre outras coisas, o pagamento de horas extras que não teriam sido pagas durante 8 meses da gestão anterior, jornada de trabalho de seis horas diárias e mudança de nomenclatura do cargo que ocupam, de motorista para condutor de ambulância.
Na manhã de domingo, 11, no Auditório “Jornalista Maurício Loureiro Gama”, do Nebam (Núcleo de Educação Básica Municipal) “Ayrton Senna da Silva”, ocorreu nova reunião, dessa vez com a presença dos motoristas do setor de frota, para o início das negociações a respeito da pauta de reivindicação.
De acordo com a presidente do sindicato, Maria Cláudia Adum, “o encontro foi satisfatório e a Prefeitura se prontificou em auxiliar os profissionais”.
Em relação às horas extras que não teriam sido pagas pela administração anterior, segundo Maria Cláudia, a atual gestão comprometeu-se a pagá-las, desde que haja documentos comprobatórios.
A presidente do sindicato ainda relatou que a Prefeitura se colocara à disposição para colocar um profissional para acompanhar um dos motoristas por uma semana.
Após o período, o profissional deveria elaborar laudo técnico para comprovar se deve haver aumento na porcentagem de insalubridade – uma das solicitações apresentadas pelos servidores públicos na reunião.