Da reportagem
Os casos de mortes naturais em Tatuí tiveram crescimento no mês passado. Entre os dias 1º e 30 de abril, houve aumento de 7,14% no número de declarações de óbitos em comparação ao mesmo período de 2022.
No quarto mês do ano passado, 70 mortes foram registradas; já neste ano, foram 75 no período. O crescimento mais acentuado ocorreu com relação ao número de óbitos por septicemia, com salto de 75%, em relação ao ano passado.
Conforme levantamento do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais), no mês passado, 14 pessoas perderam a vida em decorrência da doença, enquanto, em abril de 2022, ocorreram oito óbitos.
O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país. As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos que constatam os falecimentos) que dão origem às certidões de óbitos, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.
Entre as causas respiratórias, o maior aumento ocorreu nos casos de pneumonia. Até às 14h de sexta-feira, 5, o registro apontava que, no mês de abril, 13 pessoas haviam perdido a vida para a doença, o que representa salto de 44,44% em comparação a abril de 2022, quando nove morreram pela mesma causa.
Os casos de insuficiência respiratória caíram de oito casos, em abril de 2022, para quatro, no quarto mês deste ano. Já a Covid-19 fez o mesmo número de vítima, com um óbito no ano passado e outro neste ano.
A assessoria de comunicação do portal explica que, quando na declaração de óbito há menção de Covid-19, coronavírus ou novo coronavírus, considera-se como causa a Covid-19 (suspeita ou confirmada).
A cidade não registrou morte por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) em abril dos dois anos. No período, o município também não teve declaração de óbito por causa indeterminada (ligada a doença respiratória, mas não conclusiva).
Entre os óbitos por causas cardiovasculares, o índice de mortes por AVC (acidente vascular cerebral) foi o único a apresentar queda. O órgão apontava nove óbitos pela doença no ano passado; já no quarto mês deste ano, foram cinco.
Já o número de infartos saltou de quatro, em abril de 2022, para sete, neste ano. As mortes por questões vasculares inespecíficas também saltaram, de quatro para sete no mesmo comparativo. Outros 23 óbitos deste ano estão relacionados a outros tipos de doenças.
A base de dados do portal da transparência é abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos (naturais e violentos) registrados nos Cartórios de Registro Civil do país. Os números ainda podem ser alterados, uma vez que o portal tem prazo legal de até 14 dias para lançar os óbitos.
A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem até cinco dias para formalizar o falecimento e, depois, até oito para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.