Morre o ator e diretor teatral Carlos Ribeiro, aos 51 anos





Faleceu na noite de terça-feira, 30, o ator e diretor de teatro Carlos Ribeiro, aos 51 anos. Ele foi, por anos, coordenador do Setor de Artes Cênicas e da Cia. de Teatro do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”.

De acordo com a Polícia Civil, Ribeiro foi encontrado morto na casa do pai dele, na avenida São Carlos, no centro. Ele estava caído no chão, ao lado da cama do quarto dele.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, porém, quando chegou ao local, o diretor de teatro já estava morto. De acordo com o SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil, por enquanto, a possibilidade de a morte ter ocorrido em decorrência de homicídio ou suicídio está afastada.

A equipe técnica do Instituto de Criminalística esteve na residência para realizar perícia. O corpo do ator foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de Itapetininga, onde seria realizado exame necroscópico nesta quarta-feira, 31.

Segundo o boletim de ocorrência, havia marcas de violência no corpo do diretor, porém, a esposa de Ribeiro informou que ele tinha sido agredido em um assalto ocorrido em São Paulo, no sábado, 27.

Investigadores que estão trabalhando na investigação da morte do ator não descartaram a possibilidade de a morte ter ocorrido em decorrência da agressão na capital paulista. A expectativa do SIG é de que o laudo pericial da autópsia de Ribeiro saia ainda nesta semana.

A delegada Silvia Fernanda Albieiro, que estava de plantão na noite do ocorrido, acompanhou a perícia no local da morte do ator. O encaminhamento das investigações dependerá do laudo do IML, de acordo com o SIG.

Nascido em 1965, Carlos Ribeiro se formou pelo Conservatório de Tatuí, em 1984, sob a coordenação de Moisés Miastkwosky. Além de ator e diretor, era iluminador e lecionou teatro na mesma instituição por anos, onde foi coordenador do Setor de Artes Cênicas e da Cia. de Teatro.

Conhecido pela dedicação às artes cênicas, Ribeiro aperfeiçoou os conhecimentos sobre o teatro com os professores Miriam Muniz, Cacá Carvalho, Lélia Abramo, José Renato, Alice K., Alberto Gaus, Eduardo Coutinho e Mariana Muniz, entre outros.

Como ator, destacaram-se os trabalhos de Ribeiro na peça “O Bailado do Deus Morto”, sob direção de Lívio Tragtenberg e Cacá Carvalho, e no longa-metragem “As Bellas da Billings”, de Ozualdo Candeias (1987).

Ribeiro dirigiu dezenas de espetáculos, tendo sido premiado nos festivais nacionais de São José do Rio Preto, Americana, Rio de Janeiro e no Mapa Cultural Paulista (São Paulo).

Em nota, o Conservatório de Tatuí afirmou lamentar “profundamente o falecimento de Carlos Ribeiro, profissional importante na história do setor de artes cênicas da instituição”.