Da reportagem
Faleceu às 9h20 desta quinta-feira, 28, aos 85 anos, no Pronto-Socorro Municipal de Botucatu, o professor e maestro porangabense Lázaro Nogueira da Silva, conhecido como “Maestro Pingo”.
O sepultamento aconteceu às 17h, no Cemitério Municipal de Porangaba, em cerimônia restrita a familiares. A causa da morte não foi divulgada, contudo, a família salientou não ter sido por Covid-19.
Pingo lecionou no Conservatório de Tatuí durante muitos anos e é pai do professor e compositor Hudson Nogueira, Elen e Lélio Nogueira. Ele deixa ainda três netas (Vânia, Milena e Lorena) – a esposa, Irene Nogueira, faleceu em 3 de março de 2020, com 83 anos (eles completaram 60 anos de casamento).
O Maestro Pingo nasceu em Porangaba, no dia 26 de agosto de 1935, filho de João Paulino da Silva e Bernadete Nogueira. Iniciou os estudos musicais – de clarinete e saxofone – com o pai e, depois, com o maestro Antonio de Oliveira Pinto.
Aos 16 anos, passou a atuar como primeiro sax alto na Orquestra Tro-lo-ló, em Tatuí. Depois, passou pela Orquestra Irmãos Cavalheiros (Sorocaba), Orquestra Continental (Jaú), Orquestra Tropicana e Orquestra Adolar (São Paulo).
De volta a Porangaba, atuou como funcionário público da Escola “Aldo Angelini” e, depois, tornou-se maestro da Corporação Musical Santa Cecília, com a qual recebeu diversos prêmios.
Criou a “Orquestra do Pingo” e, ainda, ingressou na Orquestra Panamérica (Itapetininga), Sambrasil (Itu) e “Bandinha do Pingo”, com a qual também recebeu diversos prêmios estaduais.
Foi clarinetista da Banda Sinfônica e integrante da Big Band do Conservatório de Tatuí, instituição na qual também lecionou clarinete e saxofone, além de ter sido compositor de dobrados, valsas e outros gêneros musicais, arranjador e crítico musical.
Pingo também ministrou aulas de música em Porangaba e, ainda, nas cidades vizinhas de Cesário Lange, Torre de Pedra e Guareí, entre outros municípios, onde chegou a reger bandas locais.
Atualmente, a cidade natal do músico mantém a Banda Municipal “Maestro Pingo”, sob a liderança do maestro Henrique de Campos Machado. A corporação, antes chamada de Banda Municipal de Porangaba, recebeu o nome do maestro em 2018, em homenagem aos trabalhos dele na música e na formação de músicos.