Um dos dois modelos de convênios entregues pelo capitão da 2ª Companhia da Polícia Militar, Kleber Vieira Pinto, à Prefeitura já existe em quatro cidades da região.
O oficial informou a O Progresso que policiais em folga estão reforçando efetivos em Cesário Lange, Itapetininga, São Miguel Arcanjo e Sorocaba. Um quinto município, Boituva, está em vias de formalização.
A designação do policial é feita automaticamente por meio da internet. “Nós temos uma rede interna, que é estadual. Nela, há a opção de o próprio PM, da residência dele, abrir a aba de atividades e se inscrever”, comentou o comandante.
Pelo computador, o PM escolhe o município e o dia em que poderá trabalhar. Tatuí poderá ser uma das opções para militares de todo o Estado na região. “Então, são policiais que não necessariamente já trabalham aqui”, contou.
O comandante disse que, em geral, os militares optam por trabalhar em municípios próximos de suas bases. Afirmou, também, que, mesmo com várias cidades no entorno de Tatuí disponibilizando vagas, “a demanda é grande”. “Não faltam policiais interessados em vir trabalhar aqui”, declarou.
Além de remunerados, os policiais que atuam nos municípios via convênios saem da informalidade. A principal vantagem é que eles são cobertos “por todo o aparato do Estado”, o que não ocorre nos chamados “bicos”.
Para o município, Kleber afirmou que as atividades delegadas podem representar melhoria dos indicadores criminais. De acordo com ele, a presença de mais militares nas ruas faz aumentar a sensação de segurança e dá visibilidade à PM. “Ganha o Estado, os policiais e o município”, complementou.
No caso de Tatuí, a formalização do acordo auxiliaria a corporação a “corrigir desordens urbanas”. Entre elas, problemas decorrentes de bailes “funk” e “pancadões”, e em espaços públicos, como as praças com maior circulação de pessoas.
“Com isso, conseguimos resolver ou diminuir a incidência de eventos nesses locais”, disse o comandante. Essa redução seria possibilitada por meio de fiscalizações junto a bares, para evitar venda de bebidas alcoólicas a menores de idade.
O comandante aguarda avaliação do Executivo para dar sequência à formalização dos convênios. O passo seguinte será a definição do plano de trabalho e o encaminhamento à SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado de São Paulo para aprovação da ATP (assessoria técnica policial).