O repasse de vacinas e medicamentos por parte do Ministério da Saúde está em atraso no município. A Prefeitura divulgou, na tarde de sexta-feira, 19, que a pasta federal não vem entregando as vacinas contra as hepatites A e B “há mais de cinco meses”. Conforme o Executivo, a situação vem “gerando transtornos”.
Ainda segundo a Prefeitura, nesta semana, a Diretoria Regional de Saúde recomendou que o município utilizasse as vacinas que estão disponíveis em estoque exclusivamente na Santa Casa e na Maternidade “Maria Odete Campos Azevedo”.
O Executivo destacou que outras vacinas, como a tetraviral (que previne doenças como sarampo, caxumba, rubéola e varicela), estão sendo entregues em quantidades reduzidas. Em função disso, filas de espera estão sendo geradas nas salas de vacinação dos postos, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.
A pasta informou, por meio da assessoria de comunicação, que, no mês de setembro do ano passado, a Vigilância Epidemiológica solicitou ao ministério 400 doses da vacina tetraviral. Porém, apenas 40 frascos foram enviados.
De acordo com a Prefeitura, outros itens também estão em falta no município. Entre eles, exames de testagem rápida para detecção de hepatite B e tuberculose.
“O material ficou em falta por um ano e, agora, está vindo em quantidade bem menor. Por esse motivo, esses exames, agora, estão sendo realizados em Itapetininga, que é responsável por aplicar essa técnica em nossa região, enquanto a entrega dos materiais necessários para o procedimento não for normalizada”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Umberto Fanganiello Filho, Tuta.
“O exame é realizado em duas etapas, sendo necessário o paciente ir até Itapetininga duas vezes”, adicionou.
A secretaria informou que outro medicamento “muito utilizado está sendo enviado em quantidade bem menor que a necessária”. Trata-se da penicilina benzatina, considerada um importante antibiótico utilizado para combater diversos tipos de bactérias.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Marilu Rodrigues da Costa, essa falta das vacinas e de medicamentos é preocupante.
“Estamos fazendo o possível para que a população não seja prejudicada. O setor vem adotando medidas como o agendamento de vacinas. No caso do teste de tuberculose, a frota do município está levando os pacientes até Itapetininga de maneira gratuita”, disse ela.
O Executivo declarou que a coordenadora geral do Programa Nacional de Imunizações, Ana Goretti Kalume Maranhão, expediu documento informando os motivos do problema.
Conforme a Prefeitura, o Ministério da Saúde informou que os laboratórios que produzem as vacinas passaram por reformas para “melhorar a qualidade” e, por isso, as entregas estão atrasadas.
Já no caso da penicilina, o medicamento está em falta no mercado em decorrência da escassez de matéria-prima. Por isso, a quantidade encaminhada aos municípios é menor que a demanda.
Ainda segundo a Prefeitura, o ministério alegou que realizou reuniões com as empresas que fazem o medicamento no primeiro semestre de 2015 para buscar uma solução.