MHPS recebe programa voltado a museus e memórias dos í­ndios





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O longa ‘Hans Staden‘ que será exibido em sessões gratuitas é fruto de parceria entre 2 países

 

Entre os dias 22 e 27 deste mês, o MHPS (Museu Histórico “Paulo Setúbal”) recebe programa voltado a museus e memórias indígenas. Trata-se da 9ª edição do “Primavera dos Museus”, evento que proporciona atividades gratuitas. Elas incluem mostra, leitura de histórias, gincanas envolvendo jogo de computador e exibição de um longa-metragem na língua tupi.

Nos seis dias, o programa contém ações com início às 14h. A exceção é o dia 26, no qual acontece atividade também a partir das 15h. A abertura será com a mostra do acervo de artefatos dos índios, no dia 22, no auditório do museu. O evento contará com participação de componentes da Cia. Teatral Exodus Art’s.

Na quarta-feira, 23, a programação segue com leitura de histórias sobre índios, apresentações de músicas indígenas e uma gincana com os participantes, a partir de “game” interativo desenvolvido por Pedro Heilborn de Oliveira.

Dia 24, a atração será um filme do programa 50 do Ponto MIS (Museu da Imagem e do Som). Às 14h, haverá sessão de exibição do drama “Hans Staden”. O longa conta a história do aventureiro alemão que naufragou no litoral brasileiro do século 16, e é fruto de uma coprodução entre Brasil e Portugal.

Capturado pelos índios Tupinambás, inimigos dos colonizadores portugueses, Staden foi mantido refém por nove meses pela tribo de canibais na aldeia de Ubatuba. Para não ser devorado, ele terá de convencê-los de que não é português. O filme recebeu diversos prêmios em festivais de cinema.

Na sexta-feira, 25, o museu terá como atração contação de lendas indígenas. A atividade ficará a cargo da Cia. Teatral Exodus Art’s, que trará atores caracterizados e que executarão danças e músicas referentes à cultura.

Duas atrações estão programadas para o sábado, 26. A primeira será realizada às 14h, sendo composta por leitura de histórias sobre índios e músicas indígenas e participação em jogo desenvolvido pela monitoria do museu.

Às 15h, o público será convidado a acompanhar a palestra “Minha Origem Indígena” no auditório do MHPS. O assunto ficará a cargo da palestrante Guaracy Leme.

O encerramento acontece no domingo, 27, também no auditório, com a realização de uma oficina de artes. A iniciativa será desenvolvida a partir das 14h pela equipe do Educativo do Museu, composta por grupos de monitores.

Mais atividades

Ainda em setembro e dentro do Ponto MIS, o museu realiza exibições de dois vídeos. Eles continuam a ser apresentados em sessões gratuitas até o próximo dia 17.

As exibições acontecem às 9h e às 14h. Os filmes são também apresentados aos sábados, em horário único, às 14h, e focados nos públicos infantil e infantojuvenil.

“Historietas Assombradas para Crianças Mal Criadas – Alphonsinho, O Inventor” e “Os Três Zuretas” integram o programa de número quatro do Ponto MIS. Trata-se de uma iniciativa criada pelo MIS (Museu da Imagem e do Som) em parceria com as prefeituras e os espaços de cultura do Estado de São Paulo.

O primeiro vídeo tem direção de Victor Hugo Borges e duração de 11 minutos. Com classificação livre, o curta-metragem é datado de 2010 e o primeiro de uma série de animação que ganhou sequência para emissoras de televisão.

A primeira temporada conta com 13 episódios de 11 minutos e foi financiada pelo programa da Ancine/FSA – Prodav, voltado para investimento em produção independente de obras audiovisuais brasileiras para a TV.

O curta que deu origem à série apresenta a chegada de uma velhinha “mais que centenária”. Ela transforma o cotidiano de um pragmático garoto de 11 anos, em um universo sem limites para a imaginação.

A animação começa quando Nicolas, o menino, recebe a inesperada visita da avó. Ela chega para “tomar conta dele”, já que os pais do garoto estão sempre ocupados. Desse encontro, evidencia-se dificuldade de entendimento entre as gerações, uma vez que Nicolas é uma criança prática que acredita na racionalidade do mundo; a velha é inventiva e tem um estoque infinito de histórias fantásticas e sobrenaturais, que jura serem verdadeiras.

Entre elas, a de Alphonsinho, um inventor que foi aprisionado por uma bruxa no corpo de um gato. O curta-metragem é produzido pela Glaz Entretenimento.

Também com sessões gratuitas, “Os Três Zuretas” tem história peculiar e premiada. Dirigido por Cecílio Neto, o filme de 2000 tem 82 minutos e elenco formado por Cláudio Marzo, Walderez de Barros, Ilana Kaplan, Lygia Cortez, Guto Coelho, Júlio Torres, Ronaldo França, Assunta Perez e Angelo Brandi.

Voltado ao público infantojuvenil, o filme retrata uma “divertida e nostálgica história sobre a infância de três meninos: Joaquim, Zezo e Pelé. Eles começam a achar que, talvez, tenham o poder de invocar o demônio para conseguir coisas.

Em meio a trapalhadas e descobertas, em uma idade onde o possível e o imaginário se misturam, chegam ao primeiro dilema de suas pequenas vidas: a escolha entre o bem e o mal. O pano de fundo é a amizade de três garotos que vivem em uma pequena cidade do interior.

Rodado na cidade de Louveira, o filme foi ambientado no começo dos anos 60 e começa quando os amigos divagam sobre a morte de um professor. Os garotos pensam nessa possibilidade porque não querem que ele veja que colaram na prova do colégio. No dia seguinte à conversa, o professor sofre um acidente de carro.

O roteiro foi escrito em 1989, com filmagens realizadas de setembro a dezembro de 1995 pela C.N Cine Produtora. A produção custou, aproximadamente, R$ 1 milhão, recebendo prêmio no Festival de Filmes Para a Juventude, em Tóquio, no ano de 1999, e concorrendo na 26a edição do Festival de Gramado, em agosto de 1998; e em um festival realizado em Havana.

O museu fica na praça Paulo Setúbal, 98, no centro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3251-6586, ou pelo e-mail: mhpstatui@gmail.com.