Mentiras a granel

Aqui, Ali, Acolá

José Ortiz de Camargo Neto *

Caros amigos:

Pois é…

Antigamente, havia (e ainda hoje há) muitas queixas contra a imprensa.

Jornais, emissoras de rádio e de TV eram (e ainda são) acusados de serem sensacionalistas.

De inventarem notícias.

Deturparem os acontecimentos.

De mentir, enganar, escrever pensando só nos anúncios.

O povo, bom, honesto e verdadeiro, era uma vítima.

Agora, que o povo virou “jornalista”, tudo de que se queixava está multiplicado por mil, ou por milhão.

Sensacionalismo, mentiras, baixarias, títulos que nada têm a ver com a matéria são uma praga. Como se diz: mentira é mato na internet.

Isso mostra que o problema não estava nos veículos de comunicação, mas no ser humano, que vê na desonestidade uma grande vantagem.

E enxerga o honesto como bobo, ingênuo.

É o que se denomina “inversão”.

Os veículos de comunicação realmente tinham donos e jornalistas bons e maus, honestos e desonestos, verdadeiros e mentirosos, realistas e enganadores.

Mas pelo menos todos escreviam bem.

Hoje, até os que falam a verdade, muitas vezes fazem-no de modo desleixado e deselegante.

Nem todos, claro.

Há os que vociferam, furiosos, contra pessoas com opinião diferente das suas.

A elegância, o bom tom, na maior parte da rede, fugiram de cena.

Somos massacrados pela desinformação, pela mentira, que hoje tem nome inglês: fake news.

Felizmente, ainda encontramos pérolas em meio ao lodaçal.

O que mostra o antigo ditado: Mude-se o homem (mulher) e o mundo mudará.

Como disse Cristo, o demônio é o pai da mentira; ele não permaneceu na verdade e é homicida desde o princípio.

E Ele, ao contrário, é a própria Verdade, o Caminho e a Vida.

Por isso, internauta, pense bem no que está fazendo, e na companhia espiritual de quem decidiu caminhar.

Os caminhos transitórios desta vida são nada perto da eternidade.

Dize-me com quem andas, e dir-te-ei quem és.

Até breve.

* Escritor e jornalista tatuiano.