Os conselheiros do Comtur (Conselho Municipal de Turismo) pretendem, na tarde de terça-feira, 13, fazer uma visita técnica na praça Martinho Guedes, a “Praça da Santa”, que está fechada para obras de revitalização desde o mês de abril.
A ideia surgiu na terça-feira, 6, durante reunião ordinária do conselho, realizada mensalmente no Centro Cultural. A visita deverá acontecer durante a tarde, por conta da iluminação e visibilidade e, posteriormente, está prevista uma reunião extraordinária entre os conselheiros.
O espaço é o primeiro ponto de Tatuí a receber recursos do MIT (Município de Interesse Turístico), por meio do Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos).
A municipalidade tem à disposição R$ 1.192.649,52 para reforma e revitalização. O recurso vem de dois convênios com o Dadetur, sendo R$ 371.143.95 conquistados em 2017 e R$ 482.367,02 referentes a repasse de 2018, além de contrapartida da prefeitura, de R$ 339.138,55.
O Dadetur liberou os recursos a partir de projeto apresentado pelo Departamento Municipal de Turismo. A proposta de uso do recurso foi aprovada pelo Comtur (Conselho Municipal de Turismo).
De acordo com o secretário do Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, Cassiano Sinisgalli, as obras são realizadas em duas etapas, com uma fase envolvendo o paisagismo e outra, a infraestrutura, contendo iluminação e bancos.
A responsável pela revitalização é a Romme Construtora – EPP, que venceu licitação realizada no dia 21 de fevereiro. A estimativa do secretário era de que a obra fosse finalizada até novembro.
De acordo com o turismólogo do DMT, Rafael Halcsik Coutinho, a construtora está dentro do prazo de 12 meses, entretanto, o objetivo de a revitalização ser concluída até o Natal não deverá ser alcançado.
Conforme Sinisgalli, neste momento, a construtora já demarcou os canteiros, está fazendo um pergolado e um espelho d’água em volta da “Santa”.
Posteriormente, segundo ele, será feito o nivelamento do solo, a contratação de empresas terceirizadas de elétrica e hidráulica, antes dos acabamentos.
“Será passada a máquina para dar o nível no solo e se iniciam a parte de hidráulica e elétrica, antes do paisagismo, contrapiso e piso”, informou.
Os membros do Comtur debateram os números alcançados durante a 7ª Feira do Doce. A edição deste ano movimentou cerca de R$ 840 mil, representando aumento de 35,1% em comparação ao ano anterior, quando os expositores contabilizaram arrecadação de cerca de R$ 575 mil.
O evento, considerado o maior do segmento doceiro do interior paulista, aconteceu entre os dias 6 e 9, na Praça da Matriz, realizada pela Aprodoce (Associação dos Produtores de Doce de Tatuí), por meio da prefeitura e da Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, com apoio de empresas e instituições parceiras.
O levantamento do DMT mostra que, além do crescimento na arrecadação – com o consequente aumento nas unidades de doces vendidos -, o evento ainda contabilizou público recorde.
Conforme o relatório, durante a feira – que, pela segunda vez, teve quatro dias de duração –, os expositores somaram a venda de 348.092 unidades, aumento de 45,3% em relação ao ano passado, quando foram vendidos 190.396 doces.
“No último dia, cerca de 60% dos expositores não tinham mais produtos. As vendas foram altíssimas”, sustentou Coutinho.
Quanto ao público, o crescimento foi de 6,2%. Em 2018, cerca de 90 mil pessoas passaram pela praça e, neste ano, a feira atraiu em torno de 96 mil visitantes, reunindo não apenas os consumidores habituais, mas, principalmente, novos visitantes.
As emendas propostas ao projeto de lei 55/18, do Poder Executivo, que visam à revisão do Plano Diretor de Tatuí, através de audiência pública sediada na Câmara Municipal no mês passado, também foram abordadas pelos conselheiros.
Ao todo, o Legislativo apresentou cinco emendas ao PL, todas com foco no desenvolvimento turístico, sendo três delas protocoladas pelo parlamentar João Éder Alves Miguel (PV).
Na primeira, ele faz inclusões no mapa “L6”, a Zona Especial de Interesse Cultural e Turístico. O mapa original apresenta quatro produtos de potencial turístico e 21 equipamentos turísticos.
A emenda do vereador acrescenta ao mapa: a Capela São João do Bemfica, o Centro Hípico de Tatuí, o Complexo “Major Magalhães Padilha”, o Motódromo Municipal “Altair Passarani Filho”, a praça Ayrton Senna da Silva e o bairro Vale dos Lagos.
Uma outra proposta do parlamentar enumera a Zona Especial de Interesse Cultural e Turístico, dividida em segmentos “um”, “dois” e “três”.
A terceira emenda protocolada por Alves Miguel altera uma série de dispositivos do PL, visando, principalmente, promover o desenvolvimento social e econômico de Tatuí. Segundo ele, as mudanças atendem solicitações feitas por conselhos municipais representativos do turismo, cultura e do patrimônio histórico.
Conforme o presidente do Comtur (Conselho Municipal de Turismo), Wagner Eduardo Graziano, e o conselheiro e professor Luís Antônio Galhego Fernandes, as emendas apresentadas, principalmente por Alves Miguel, atenderão todas às demandas necessárias para privilegiar o turismo local.
“Muitas dessas emendas remetem ao desenvolvimento turístico de Tatuí, e não podíamos perder essa oportunidade”, afirmou Graziano. “Esse foi o principal motivo de termos corrido atrás dos vereadores para fazermos essas solicitações”, complementou Fernandes.
No entendimento do Comtur, o projeto de lei não estava atendendo às demandas necessárias para alavancar o turismo local. Considerando que o PDT só pode ser revisado a cada dez anos, a aprovação do projeto de revisão sem as adequações voltadas ao turismo poderia impedir, por uma década, a tentativa de Tatuí se elevar a estância turística.