Da reportagem
A Maternidade “Maria Odete Campos Azevedo”, da Santa Casa de Misericórdia, foi preparada para funcionar de “porta aberta” às gestantes. A afirmação é da secretária municipal da Saúde, Tirza Luiza de Melo Meira Martins.
A O Progresso, na tarde de quarta-feira, 12, ela informou que o serviço visa garantir que as mulheres sejam atendidas por especialistas desde a primeira semana de gestação. A previsão era de se iniciar o novo modo de trabalho nesta sexta-feira, 14, às 19h (após o fechamento desta edição, às 17h).
Conforme a secretária, a principal mudança do novo modelo é ampliar o atendimento especializado à demanda espontânea de urgência e emergência de gestantes, em qualquer idade gestacional.
No modelo anterior, o atendimento direto na maternidade era restrito às mulheres a partir da 20ª semana de gestação. Pacientes com até 19 semanas eram atendidas no Pronto-Socorro Municipal “Erasmo Peixoto” e, em caso de necessidade, encaminhadas à maternidade.
“Com a mudança, se a mulher tiver qualquer sintoma relacionado à gestação, ela pode procurar atendimento direto na maternidade, independente do tempo de gestação. Com isso, vamos dar mais agilidade e melhorar o atendimento das pacientes”, ressaltou a secretária.
O programa é resultado de uma reestruturação iniciada a partir da inauguração da UPA 24 horas (unidade de pronto atendimento) – que também seria aberta nesta sexta-feira, às 19h (reportagem nesta edição).
A UPA vai absorver toda a demanda espontânea de urgência e emergência, antes destinada ao Pronto-Socorro Municipal. Por sua vez, o PS continuará aberto e se transformará em uma sala de estabilização, sendo regulado pelo Samu (Serviços de Atendimento Móvel de Urgência).
Tirza explica que, com a inauguração e o novo modelo de atendimento do PS, caso a maternidade continuasse com o mesmo fluxo de atendimento às gestantes, as pacientes teriam que passar pela UPA e, depois, caso necessário, seriam encaminhadas à maternidade.
Contudo, os médicos especialistas e toda a equipe de saúde decidiram alterar a forma de atendimento, “abrindo as portas” da maternidade a mulheres em qualquer idade gestacional.
“Toda a equipe achou que, indo direto à maternidade (sem precisar passar pela UPA), conseguiríamos atender melhor as pacientes gestantes e ser mais resolutivo em todos os casos”, argumentou a secretária.
A distância entre a UPA, situada no bairro Jardim Junqueira, e a maternidade, no centro da cidade – aproximadamente 2,5 quilômetros –, também foi um dos fatores para a mudança no modelo de atendimento.
“Assim, vamos centralizar o atendimento das gestantes e as pacientes não vão precisar se deslocar pela cidade para poder se consultar com um especialista. Já vai ser tudo na maternidade”, acrescentou a secretária.
Tirza lembrou que o atendimento na maternidade é realizado 24 horas por dia, com apoio de especialistas, como ginecologistas e obstetras, que trabalham em sistema de plantão na Santa Casa.
“Nós reorganizamos o fluxo pensando em melhorar ainda mais a qualidade do atendimento às gestantes. Com as mudanças, as pacientes vão poder se consultar com especialistas, em qualquer sintoma que ela tenha relacionado à gestação. Isso é muito importante para a paciente e para o bebê”, reforçou a secretária.
Segundo Tirza, além da inauguração da UPA e da alteração no fluxo de atendimento às gestantes, há uma série de mudanças previstas para melhorar a assistência da Saúde municipal.
Conforme adiantado pela secretária, uma das principais melhorias será a revitalização do prédio do Pronto-Socorro com pequenas reformas e pintura. A pasta ainda prevê ampliar o horário de atendimento do “gripário”.
Tirza não deu mais detalhes sobre as mudanças, contudo, antecipou que a previsão é de que elas ocorram até o final de agosto. “Vamos ter uma UPA nova e um atendimento ampliado, revitalizado e pronto para atender aos cidadãos tatuianos”, concluiu a secretária.