Lions de Tatuí lança livro sobre os 65 anos de fundação do clube de serviço

Christian Pereira de Camargo, autor do livro sobre os 65 anos do LC em Tatuí (Foto: Arquivo pessoal)
Da reportagem

O Lions Clube de Tatuí completou 65 anos em setembro deste ano e, para marcar a data, promoverá na última sexta-feira de novembro, 27, o lançamento do livro “65 Anos – Nós Servimos”, de autoria do presidente da entidade e historiador Christian Pereira de Camargo.

A cerimônia será realizada na agência do Sicredi Tatuí, à rua Juvenal de Campos, 676, centro, a partir das 19h30, em uma noite de autógrafos para convidados e, com um estande de venda, aberto ao público, em sistema “drive-thru”.

Camargo conta que a obra – ainda em fase de diagramação – deve ter cerca de 130 páginas. O conteúdo é preenchido somente com textos. Contudo, uma exposição fotográfica está sendo programada para completar as comemorações dos 65 anos do clube de serviços.

“Nós pretendíamos fazer neste ano, mas, por conta da pandemia, vamos deixar para o segundo semestre do mandato (que começou em 1o de julho e vai até 30 de junho)”, afirmou o presidente.

Sobre o livro, Camargo antecipou contar a história do clube de serviços desde a fundação, em 1955, até a atualidade, além de apresentar biografias de personalidades tatuianas, relembrar momentos, a ligação do clube com a comunidade e situar o leitor à época.

“O livro começa com uma colocação a respeito da década de 50 (época de fundação do Lions), sintonizando o leitor à época com detalhes sobre como era Tatuí naquele tempo e, depois, vem com a história do clube”, revelou o autor.

Foram dois anos de pesquisa para a elaboração da obra, nos quais Camargo usou um compilado do acervo do clube, arquivos pessoais, declarações dos “companheiros” e pesquisas em edições impressas de jornais tatuianos, como O Progresso, Integração e Folha de Tatuí (já extinto).

“Cada um foi colocando um tijolinho e a gente chegou neste resultado”, disse o autor, destacando que, ao longo dos 65 anos, o Lions Clube de Tatuí teve muitos “guardiões” da história.

Entre os arquivos usados, estão os dos ex-presidentes Duílio Sancinétti e Francisco de Camargo Barros, respectivamente, gestores nos anos leonísticos de comemoração do jubileu de ouro (50 anos) e de prata (25 anos) do clube.

“Nessas duas datas em especial, o clube organizou atas e o material sobre a história. Depois, teve alguns outros companheiros que ajudaram a fazer este registro: Mario Baiardi, Alzira Farah Loretti, Hélio Loretti, Cesar Júnior, entre outros, que fizeram publicações que me ajudaram muito na criação do livro”, comentou o autor.

Além deles, Camargo destacou a colaboração da “domadora” Rosa Holtz, filha do José Carlos Holtz, fundador do clube em 1955.

“Ela me passou um material muito rico sobre a fundação do clube. Tive a oportunidade de juntar todo este material e fazer um compilado disso sob a minha versão”, acrescentou.

Camargo lembra que o movimento de Lions no Brasil nasceu em 1952 e que o Lions Clube de Tatuí surgiu com os primeiros, sendo o 48o fundado no país e o quinto no estado de São Paulo. Atualmente, Tatuí tem o terceiro maior clube leonístico brasileiro, com 115 associados.

“Ao longo destes 65 anos, o Lions de Tatuí construiu uma imagem muito boa dentro do movimento, sendo reconhecido no Brasil todo pelo tamanho e pelo histórico de trabalho na comunidade”, disse o presidente, acrescentando que a ideia do livro é registrar essa história.

Camargo ressaltou que a obra tem uma linguagem “leve e agradável”. “Não é um livro técnico sobre o Lions. Recomendo para quem teve ou tem algum relacionamento com o LC ou que goste de histórias em geral”, disse.

“É um livro que pode citar o seu pai, o tio, um amigo, avô, bisavô ou um conhecido, pois traz histórias de muitas pessoas e uma leitura rica, para quem gosta de Tatuí”, completou o autor.

Como historiador, Camargo ainda classifica a obra como uma “contribuição para a valorização dos colaboradores e responsáveis pela fundação e desenvolvimento do município e do LC de Tatuí, revelando novos personagens da história tatuiana”.

“Acho que a história de Tatuí é muito bem contada até um determinado período. Todo mundo conhece quem foi Paulo Setúbal, Manoel Guedes, Chico Pereira, Nacif Bimbo etc. Mas, existem gerações posteriores de tatuianos com histórias que precisam ser resgatadas”, argumenta.

“Tem muita gente que construiu a história de Tatuí no Lions, no Rotary, no Clube dos 13, na maçonaria, na igreja, em diversos lugares. São pessoas boas, valorosas e que se dedicaram ao município. Não podemos só viver dos mesmos personagens, temos que revelar quem foram essas pessoas a contar suas histórias”, acrescentou Camargo.

Este é o primeiro livro autoral solo de Camargo. Antes, ele participou da criação de “Cronologia Tatuiana”, “Ilustres Cidadãos” e “Tatuí Capital da Música”, junto com o pai, o jornalista e historiador Renato Ferreira de Camargo, responsável pela edição de 11 obras com histórias de Tatuí.

“Meu trabalho foi voluntário, o tempo de pesquisa foi voluntário e a gente só espera deixar uma contribuição para que o registro deste momento sirva para entender o passado e trabalhar o futuro, valorizando essas pessoas e a nossa história”, enfatizou o autor.

Os exemplares podem ser reservados e adquiridos por R$ 50 cada, pelo telefone (15) 99128-8380, com o Luis Fernando Oliveira. Os interessados ainda podem pedir a obra autografada. A edição é limitada.

LCIF

O livro não tem fins comerciais. Para o lançamento, o autor e o clube de serviços tatuiano tiveram apoio cultural da agência Sicredi de Tatuí. “Eles patrocinaram a edição e foram muito importantes. Sem isso, não conseguiríamos este resultado”, observou Camargo.

Os recursos angariados com a venda do livro serão revertidos ao LCIF (Lions Clubs International Foundation – Fundação de Lions Clubes Internacional, na tradução livre). Camargo apontou a ação como “um reconhecimento do Lions Clube de Tatuí à fundação internacional”.

Segundo ele, a LCIF foi responsável pelo aporte financeiro de muitos projetos tatuianos, como a criação e estruturação do Banco Sangue “Fortunato Minghini” e reformas no prédio da Santa Casa, entre outros.

Os recursos da fundação vêm de parte das mensalidades pagas pelos voluntários integrantes dos clubes de serviços de todo o mundo e são revertidos em apoio financeiro em situações de catástrofes ou aporte para projetos sociais apresentados pelos clubes.

“O banco de sangue foi equipado com dinheiro deste recurso. Recentemente, o GPCACI de Sorocaba – que atende pessoas de Tatuí e da região – também recebeu uma verba da LCIF, e estamos finalizando mais um repasse para a Santa Casa. O dinheiro já está no caixa do Lions do distrito e vai ajudar na reforma do centro de obstetrícia da Santa Casa”, apontou.

“Nosso distrito sempre recebe recursos da fundação e nós, do clube, sentimos que devemos apoiar a fundação para que mais coisas boas possam ser feitas, não só aqui, mas para o mundo todo”, concluiu o presidente.