Lar São Vicente celebra um ano de projeto que assiste idosos locais

Voluntários que atuam no projeto receberam homenagem da diretoria pela participação nas atividades (foto: Cristiano Mota)

Criado para dar mais oportunidade de socialização aos internos, o projeto Bem-Estar no Lar completou um ano de atividades no sábado, 29 de julho. Em função da data, a instituição preparou evento composto por café da manhã, homenagens e discursos.

A comemoração teve início às 9h, no Centro de Convivência “Nicolau Eleutério”, utilizado pela entidade para as atividades do projeto. O Bem-Estar no Lar atende a 60 idosos, entre internos e convidados.

“É uma iniciativa que começou com um piloto”, explicou o presidente do asilo, fisioterapeuta Ivan Rezende. Preliminarmente, os idosos participavam de atividades uma vez por semana, às quartas-feiras. “Os nossos assistidos faziam caminhada dentro da entidade”, recordou.

Rezende contou que a programação foi aumentando de acordo com a aceitação do público e conforme a adaptação dos idosos. A ideia era analisar como eles se comportavam fora da rotina do dia a dia.

“Eles seguem um rito: tomam café, almoçam, fazem lanche da tarde e a ceia. Depois, acompanham missa. Essa era a rotina deles até então”, descreveu o presidente.

De modo a oferecer novos desafios para os internos, os profissionais da instituição pensaram em atividades diversificadas, que foram ampliadas para todos os dias da semana, na própria instituição. Ainda que dentro do Lar, Rezende explicou que as oficinas possibilitaram motivação aos idosos.

Como as atividades são realizadas no centro de convivência, os participantes costumam arrumar-se de modo diferente do que habitualmente o fazem. “É muito bonito de ver. Eles (os idosos) se enfeitam. As mulheres usam bolsas e maquiagem, os homens se vestem como se estivessem saindo do Lar”, comentou.

No decorrer do projeto, a instituição acrescentou oficinas de produção de hortaliças e aulas de computação. O conteúdo é oferecido por meio de um planejamento, feito com apoio de voluntários como Inês Cetraro. A convite de Rezende, ela ingressou na ação. Pretende dar aulas de pintura, tear e argila.

“É uma responsabilidade ser voluntária, porque fazer algo para alguém é muito melhor para você do que para quem você faz. Acredito que as pessoas aprendem mais quando são voluntárias. Elas tornam-se mais humanas”, destacou.

A partir deste mês, a instituição acrescentou aulas de ioga, no centro de convivência. Já os passeios são realizados nos demais ambientes da instituição.

O programa diário tem início às 8h30, com café da manhã, seguido de duas atividades. Depois, os idosos almoçam e uma parte deles volta para os espaços do asilo; a outra, para as residências, já que o projeto é aberto a idosos da comunidade.

Para Rezende, o Bem-Estar no Lar possibilita mais que convívio social aos idosos que vivem na instituição e fora dela. O fisioterapeuta destacou que a participação de atividade em grupo permite melhora da saúde física e emocional.

O projeto é coordenado pela assistente social Mirna Grando, que disse ter enfrentado desafios para a consolidação da ideia. “Se disser que não foi difícil é brincadeira. Foi muito difícil chegar até aqui. As dificuldades são extremas, mas nós, com esta equipe, estamos superando-as no dia a dia”, declarou.

Mirna também agradeceu a colaboração dos assistidos e acrescentou que, sem eles, a proposta não poderia acontecer. Afirmou, ainda, que o convívio com os idosos representa crescimento para a equipe de trabalho, por conta da troca de experiências.

Acompanhada do presidente, a assistente fez a entrega de homenagens a voluntários e posou para fotos com a equipe de trabalho e assistidos.