Júri popular condena homem pelo assassinato da irmã em Tatuí

Edinilson Aparecido Lima foi condenado a 18 anos e seis meses

O condenado Edinilson Aparecido Lima (Foto: Reprodução)
Da reportagem

Edinilson Aparecido Lima, de 49 anos, foi condenado na terça-feira, 24, a 18 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo assassinato da irmã em Tatuí, Andreza Schitini, em agosto do ano passado.

A condenação inclui homicídio qualificado, com três agravantes: asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O réu também foi condenado por ocultação de cadáver.

Durante o julgamento, Lima confessou o crime e alegou ter “perdido a cabeça” por supostas “recorrentes humilhações” por parte da irmã. Ele também disse que Andreza iniciou as agressões. Ainda conforme dito em depoimento, ele estava arrependido e “gostaria de poder voltar atrás”.

A mãe da vítima, que também “criou” o autor e afirma considerá-lo como filho, disse em depoimento que “ela só queria o bem dele, e o aconselhava para o bem”. “Tinha até dado uma roupa do filho dela (Andreza) para ele na semana anterior”, acrescentou.

De acordo com ela, ainda em depoimento, as “supostas humilhações” não eram verdadeiras.

Familiares de Andreza relataram “não ter achado nada justo” o tempo de prisão, declarando que acreditavam que deveria ser maior.

Segundo a mesma fonte próxima à vítima, em relação à alegação do autor, “ela sempre foi brincalhona e amava os irmãos”. “Falava para ele se cuidar, que era bonito, cuidar dos dentes”, finalizou.

A decisão foi tomada por júri popular composta por quatro mulheres e três homens, em julgamento durou que durou, aproximadamente, cinco horas, tendo sido iniciado às 13h30 e encerrado após as 18h.

O crime

Familiares de Andreza notaram o desaparecimento da jovem em 7 de agosto de 2024, uma quarta-feira. No dia, familiares dela saíram para trabalhar e ir à escola, enquanto ela ficou dormindo. Quando todos voltaram para o imóvel naquele dia, perceberam que ela não estava, porém, “pensaram que logo voltaria”.

Na manhã do outro dia, notaram que as coisas da jovem estavam em casa. Então, na sexta-feira, a mãe registrou boletim de ocorrência e, após buscas, o corpo foi encontrado enrolado em um cobertor de um dos filhos dela, embaixo de sacos de lixo.

Inicialmente, os policiais suspeitaram de algum ex-namorado, mas após investigação, descobriram que o autor era o irmão da vítima.

Segundo informado pelo delegado Luiz Henrique Nunes na época, as investigações avançaram após a análise de dados do celular da vítima, que estava espelhado no aparelho do filho. Conforme ele, Andreza estava em uma conversa via WhatsApp “abruptamente” interrompida por volta de 7h15.

Além disso, câmeras de segurança registraram o acusado saindo da residência da família às 8h30, contrariando o primeiro depoimento dele, em que dizia estar em uma obra, trabalhando como pedreiro.

O irmão dela foi preso após confessar o envolvimento no crime. Segundo a polícia, a motivação seria problemas financeiros, porque ele não estaria ajudando nas despesas domésticas.

Em depoimento na época, o irmão alegou que o crime ocorrera durante uma discussão. Ele também teria dito que tinha a intenção de “agredir”, no entanto, acabou matando-a por esganadura.

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