Junção de arte e gastronomia visa equilibrar equipamentos





Reeditada no Carnaval e com segunda edição iniciada nesta semana, por conta do Dia Internacional da Mulher, a “Praça do Artesanato da Capital da Música” promete ser o “novo point” dos tatuianos. O espaço, pensado para unir arte e gastronomia, visa dar mais “equilíbrio” aos equipamentos de cultura da cidade.

Ao menos esta é a proposta do projeto apresentado pela Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, explicou o diretor do Departamento Municipal de Cultura, Rogério Vianna.

Conforme ele, a ideia do evento é fazer com que a população (do município e visitantes) esteja mais presente e possa aproveitar mais os espaços públicos.

Com o modelo, Vianna argumenta que a Prefeitura está conseguindo privilegiar tanto os artesãos e vendedores de produtos alimentícios como o MHPS (Museu Histórico “Paulo Setúbal”). De acordo com o diretor, a primeira experiência – em fevereiro – deu tão certo que pôde ser mensurada em números.

A “Casa de Paulo Setúbal”, por exemplo, recebeu, no dia 26 de fevereiro, 292 visitantes. Deste público, 187 pessoas de Tatuí e 105 “de fora”. O museu recebeu, ainda, grupos de estrangeiros vindos do Chile e dos Estados Unidos.

“Tivemos um movimento diferenciado na cidade e numa semana de Carnaval. Tudo isso por conta da Praça de Artesanato, que, com a alimentação, trouxe consigo som ao vivo, com grupos em caráter voluntário”, frisou.

Para ele, o ponto principal do projeto é a possibilidade da criação de “novas ambiências” (espaços que permitem a realização de atividades culturais).

De acordo com Vianna, a proposta da feira unindo artesanato e gastronomia é antiga. Ela data de 2001, quando o evento acontecia na praça Manoel Guedes.

“Depois, ela saiu daqui por uma questão de reforma e foi para tantos outros lugares. Eu considero essa experiência uma volta do ‘bom filho para casa’”, declarou.

A praça é composta por 36 barracas, sendo 25 ocupadas por artesãos e 11 utilizadas para vendas de alimentos, entre doces e salgados. Os expositores são escolhidos pela associação, que faz a deliberação pela ocupação dos estandes.

Para integrar a entidade, o artesão ou produtor deve ingressar com processo na Prefeitura. O Executivo faz avaliação do produto junto à Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades), no caso de artesanato, ou pesquisa de diversidade, em se tratando da venda de alimentos.

O objetivo é garantir que os produtos comercializados sigam as normatizações da superintendência (na situação de artesanato) e não gerem competição direta entre os vendedores (no caso dos itens de gastronomia).

Depois disso, o processo segue para o setor de fiscalização, para a liberação do direito de uso de solo por meio de pagamento de taxas e impostos.

Além de definir quem participa da feira, a associação discute melhorias. Vianna antecipou que, para esta semana, o evento já deve contar com sugestões dos expositores. Eles participaram de discussão com a secretaria, após a conclusão da primeira edição do ano, realizada em fevereiro.

Uma das propostas prevê nova disposição das barracas, de forma a permitir que “as costas delas sempre fiquem voltadas para dentro da praça” e os produtos possam ser vistos pelo público que passa pelo local. A secretaria também deve mudar a localização do palco de shows musicais.

“Nós damos as possibilidades e as pessoas criam as ambiências”, defendeu Vianna.