Juí­za diploma prefeita, vice e vereadores

 

A prefeita eleita Maria José Vieira de Camargo (PSDB), o vice-prefeito eleito Luiz Paulo Ribeiro da Silva (PSDB) e 17 vereadores foram diplomados na noite de segunda-feira, 19. A cerimônia aconteceu no teatro “Procópio Ferreira”, do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”.

O evento, efetivado pela Justiça Eleitoral, reuniu políticos de sete cidades da circunscrição da 140ª Zona Eleitoral, que abrange, além de Tatuí, Cesário Lange, Guareí, Quadra, Torre de Pedra, Capela do Alto e Porangaba. Ao todo, 58 vereadores, 7 prefeitos e 7 vice-prefeitos eleitos estão aptos para tomar posse no dia 1º de janeiro.

A cerimônia contou com participação especial da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Os integrantes, sob a regência do maestro João Maurício Galindo, executaram o Hino Nacional Brasileiro e fizeram apresentação de obra do compositor gaúcho Radamés Gnatalli.

Compuseram a mesa a juíza eleitoral Mariana Teixeira Salviano da Rocha, da 140ª Zona Eleitoral, a promotora eleitoral Luciana Andrade Maia e o promotor Carlos Eduardo Pozzi.

O presidente do TatuíPrev (Instituto de Previdência Própria do Município) e vereador eleito Rodolfo Hessel Fanganiello (PSB) representou o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, que não compareceu à cerimônia.

Receberam os diplomas os vereadores eleitos em Tatuí: Antonio Marcos de Abreu (PR), Alexandre de Jesus Bossolan (PSDB), Luís Donizetti Vaz Júnior (PSDB), Valdeci Antonio de Proença (PTN), Jairo Martins (PV), Alexandre Grandino Teles, Rodnei Rocha (PTB) e Fanganiello.

Joaquim Amado Quevedo (PMDB), Nilto José Alves (PMDB), Severino Guilherme da Silva (PSD), Eduardo Dade Sallum (PT), Daniel de Almeida Rezende (PV) e João Éder Alves Miguel (PV) também receberam os diplomas emitidos pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo. O vereador eleito Ronaldo José da Mota (PPS) não participou do evento.

Durante a diplomação, a juíza eleitoral divulgou balanço das eleições deste ano e falou sobre os trabalhos realizados pela Justiça Eleitoral, pela Promotoria Pública Eleitoral e pelo Cartório Eleitoral de Tatuí.

Para a magistrada, a 140ª Zona Eleitoral tem a peculiaridade de ter a responsabilidade por um número grande de municípios. Ao todo, são 130.366 eleitores distribuídos em sete cidades. As eleições deste ano tiveram a candidatura de mais de 800 pessoas.

“Acho que foi uma eleição difícil. Foram muitos pedidos de candidaturas, muitos locais de votação. Isso tudo dificultou o trabalho de fiscalização, mas, felizmente, tudo correu bem e, agora, o dever é dos eleitos, que têm o compromisso de perseguir o bem comum”, afirmou.

A promotora eleitoral ressaltou que o processo das eleições na 140ª Zona Eleitoral é “complexo e volumoso”. Ela lembrou que o evento realizado no teatro “Procópio Ferreira” encerrou a quarta e última fase do processo eleitoral.

Contudo, a Justiça e a Promotoria Eleitoral têm mais duas ações para realizar, ambas de investigações judiciais eleitorais pendentes, sendo uma em Tatuí. O candidato não teve a identidade revelada, porém, “não foi eleito”.

“Temos duas ações, mas não um diagnóstico para fazermos sobre isso. Uma delas é em Torre de Pedra e outra, em Tatuí. No caso daqui, o candidato não foi eleito, então, não influencia no pleito”, afirmou a promotora.

No caso de Torre de Pedra, o prefeito eleito Emerson José da Mota (PTB) é investigado por suposto abuso de poder econômico, conforme consta em processo no TRE. O político teria sido beneficiado por transporte irregular de eleitores para os locais de votação. O caso foi denunciado à Promotoria Eleitoral.

De acordo com a juíza eleitoral, este segundo processo pode influenciar na posse, caso a Justiça entenda que a ação é procedente. Desta forma, o prefeito eleito por Torre de Pedra poderia ter o mandato cassado.

“Daí, realizaríamos novas eleições naquela cidade. A Justiça Eleitoral também poderá entender que não é o caso de cassação e manter a posse”, afirmou a juíza eleitoral.

Segundo a magistrada, a população está mais atenta às necessidades locais e em relação à conduta ética dos eleitos. A crise econômica pela qual o país atravessa é um fator que dificultará os trabalhos dos próximos mandatários da região.

“Acho que será um mandato difícil. Muitas prefeituras passam por dificuldades financeiras, mas, ainda assim, creio que um bom trabalho será feito”, declarou.

De acordo com a magistrada, os políticos eleitos para os próximos quatro anos deverão entender os anseios da população e “prestar atenção nas mudanças pelas quais o país passa atualmente”.

“Desejamos uma gestão profícua, séria, honrada e atenta aos interesses da coletividade, com pleno cumprimento das promessas de campanha”, afirmou.

A força-tarefa da Operação Lava Jato foi mencionada pela juíza eleitoral para pedir que os novos ocupantes dos Poderes Executivo e Legislativo se baseiem na ética ao exercerem os mandatos.

“Sem entrar no mérito das decisões judiciais, urge que o sistema político que os senhores exercerão demonstre que é possível uma atuação ética, com estrita observância do alcance do bem comum e que traga esperança ao eleitorado”, enfatizou.

A responsável pela Justiça Eleitoral de Tatuí comentou que a “judicialização” da política atrapalhou e tornou os trabalhos dos pleitos deste ano “extenuantes”

“Implicou em atuação efetiva dos servidores, do Ministério Público e do Judiciário para que as eleições ocorressem de forma regular. A disputa entre os candidatos mostra um trabalho e desenvolvimento pessoal para que tudo ocorresse de forma satisfatória, como foi neste ano”, finalizou.