Judoca tatuiana representa o município no Campeonato Brasileiro de Judô ‘25’

Anna Júlia já acumula 16 medalhas de ouro, 2 de prata e 4 de bronze

Ana Júlia de Souza Santos Vieira
Da reportagem

Aos dez anos, a judoca tatuiana Ana Júlia de Souza Santos Vieira, filha de Camila de Souza Vieira e Evandro Santos Vieira, já coleciona conquistas e se prepara para representar o município e o estado na categoria sub-13 do Campeonato Brasileiro de Judô 2025, realizado entre os dias 1º e 5 de outubro, em João Pessoa, na Paraíba. A participação é inédita para a cidade.

De acordo com os pais, a trajetória da atleta começou por acaso. A judoca enfrentava muitos problemas de saúde até eles descobrirem que ela tinha alergia à proteína do leite. Ao mesmo tempo, professoras dela “apontavam sua energia acima da média” em sala de aula e nas atividades físicas.

“Ela precisava gastar essa energia de uma maneira boa”, lembra o pai. “O balé não tinha vaga, o karatê não agradou, mas, no judô, ela se encontrou, foi onde se adequou, melhorando saúde, disciplina, concentração, e passou a usar sua energia para competir no esporte”, contou.

Em três anos dedicados ao judô, Ana Júlia já conquistou 22 medalhas, sendo 16 de ouro, 2 de prata e 4 de bronze. Neste ano, após ser campeã inter-regional na cidade de Praia Grande (litoral de São Paulo), garantiu vaga ao Campeonato Paulista Especial sub-13, realizado no dia 30 de agosto, em Marília (SP).

Na competição, entre as principais atletas do estado, fez quatro lutas e se sagrou vice-campeã paulista da categoria sub-13 especial. O resultado garantiu a convocação para a seleção paulista de judô e a vaga direta no Campeonato Brasileiro.

De acordo com os pais, “a emoção é enorme”. “O orgulho é muito grande. Ver aquela menininha que chegou aos sete anos no judô para melhorar a saúde e hoje é vice-campeã paulista com apenas dez anos, convocada para representar o estado de São Paulo no Brasileiro, é emocionante e prazeroso. Um recado para as crianças da nossa cidade: vocês também podem, acreditem em vocês”, disse Vieira.

Os pais contam que “a rotina de treinos da judoca é intensa e já segue os padrões de uma atleta de alto rendimento”. “Ana Júlia treina judô três vezes por semana na academia Bushido Tatuí Team, ligada ao Departamento de Esportes da cidade, sob orientação do sensei Josemar de Oliveira”, detalhou.

“Também pratica jiu-jitsu às terças-feiras na academia Checkmat Tatuí, com o professor Ivan Tureck, e, às quintas-feiras, realiza reforço muscular e fisioterapia com acompanhamento do fisioterapeuta Márcio e do personal Leonardo”, acrescentou.

“Nos últimos 30 dias de preparação para o Brasileiro, ela ainda passou a correr pela manhã no campo municipal, sob supervisão do professor Nidde. Aos sábados e domingos, o descanso é parte essencial da preparação”, complementou, sobre a rotina da judoca.

Segundo os pais, ela tem vontade de seguir no esporte de alto rendimento, mas “o equilíbrio é sempre reforçado dentro de casa”. “Ela treina muito para isso, mas sempre explicamos que o principal é o estudo. Estamos conciliando escola e esporte”, ressaltam.

Para eles, além das medalhas, o judô trouxe disciplina, saúde e amadurecimento. “O judô é muito disciplinador e fez toda a diferença na vida dela”, afirmam. Agora, a expectativa da família e dos amigos está voltada para a competição nacional em João Pessoa.

A judoca revelou à reportagem estar treinando muito para a competição nacional. “Sou a menor da turma, mas acho que tenho que ter a chance de ganhar”, declarou ela.

Ana Julia também contou que a primeira medalha conquistada foi em Piracicaba, em 2022, com judocas de toda a região do município. “Fiquei muito feliz, e foi essa medalha que me motivou a disputar outros campeonatos. Fui até a final e fui vice-campeã; fiquei muito feliz porque achava que não chegaria até a final”, sustentou.

Em relação aos custos com as participações, segundo os pais, apesar dos títulos e medalhas, Ana Júlia não tem patrocínios ou apoios. “Infelizmente, falta muito apoio”, declaram.

“As crianças de Tatuí têm talento para estar entre os melhores, não só no judô, mas em outras modalidades também. Hoje, às vésperas do embarque para o Campeonato Brasileiro, ela segue sem patrocínio”, lamentam.

Para ajudar com os custos de voo, translado, hospedagem e alimentação, os pais criaram uma “vaquinha virtual” e agradecem familiares e amigos que têm ajudado.

Os interessados em colaborar podem acessar o link https://www.vakinha.com.br/vaquinha/do-interior-ao-campeonato-brasileiro-de-judo-ajude-ana-julia-a-lutar-pelo-ouro ou doar pelo pix 5719942@vakinha.com.br.

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