
Da reportagem
O jovem médico tatuiano Felipe Fernandes Iazzetti, cirurgião-geral e residente em urologia, paroquiano da Paróquia Sagrada Família, integrou a 130ª Expedição do Barco-Hospital “Papa Francisco” na Amazônia.
A ação é descrita como “uma das mais significativas iniciativas de assistência médica e humanitária promovidas pela Igreja Católica, em parceria com o poder público, em favor das populações ribeirinhas brasileiras”.
A expedição ocorreu entre os dias 4 e 11, atendendo as comunidades de São Raimundo, Santíssima Trindade e o município de Óbidos, no estado do Pará.
“Em regiões onde o acesso à saúde ainda é um desafio diário, o barco-hospital se fez presença concreta de esperança, levando atendimento médico e odontológico gratuito, dignidade e cuidado a milhares de pessoas que vivem às margens dos rios amazônicos”, comentou o médico.
Nesta edição, a embarcação reuniu aproximadamente 30 profissionais de saúde, de diferentes regiões do Brasil. Entre eles, médicos, dentistas, enfermeiros e voluntários especializados.
Representando Tatuí, esteve Iazzetti, que participou ativamente da missão e descreve a experiência como “profunda, transformadora e marcada pelo amor ao próximo, pela doação e pelo exercício concreto da fé por meio do serviço”.
Durante os dias de missão, foram realizadas 642 consultas médicas, 445 atendimentos odontológicos, 1.692 exames e 92 cirurgias dentro da própria embarcação.
Dentre os procedimentos cirúrgicos, 18 foram de média e grande complexidade e 74 corresponderam a pequenos procedimentos, envolvendo especialidades como cirurgia geral e oftalmologia.
Ao todo, a expedição contabilizou 4.155 atendimentos em saúde, além da oferta de 1.015 almoços, totalizando 5.170 atendimentos gerais, “números que traduzem, em dados, um trabalho que vai muito além das estatísticas”, conforme divulgado.
O Barco-Hospital “Papa Francisco” é fruto de parcerias entre organizações da sociedade civil, como a Fraternidade São Francisco na Providência de Deus, e o poder público, com apoio do governo do estado do Pará.
A comitiva contou a participação de religiosos da fraternidade e da Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, além de leigos voluntários e da própria tripulação.
A origem do barco-hospital foi uma “provocação” do papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude de 2013, quando, ao visitar um hospital administrado pela fraternidade no Rio de Janeiro, questionou se aquela missão também alcançava a Amazônia. “Daquela pergunta simples, nasceu uma das maiores iniciativas itinerantes de saúde do país”, conta Iazzetti.
Com 32 metros de comprimento e oito metros de largura, a embarcação é equipada com centro cirúrgico, sala de recuperação, enfermaria, farmácia, laboratório e consultórios especializados, além de salas de raio X, mamografia, ultrassonografia, vacinação, esterilização, biblioteca, cozinha, refeitório e lavanderia.
O barco também possui capacidade para internação de pacientes e acomodação de até 30 pessoas, entre tripulantes e voluntários.
De acordo com o médico, a experiência deixa marcas profundas: “Participar da expedição do barco-hospital foi uma das experiências mais marcantes da minha vida”.
“Ver a dedicação, a empatia e a força de vontade em cada voluntário, reafirma o verdadeiro sentido dessa missão, que é transformar realidades. Ali, a medicina ultrapassa a técnica e se transforma em gesto concreto de amor, cuidado e doação. Atender pessoas que esperam por meses, às vezes anos, por um atendimento nos faz resgatar o verdadeiro sentido de servir”, finaliza.
Interessados em conhecer mais sobre o projeto e contribuir com a continuidade das missões do Barco-Hospital “Papa Francisco” podem obter mais informações pelo telefone (11) 4200-8080.
As doações também podem ser realizadas via Pix, utilizando-se a chave (11) 97682-9708 ou pelo link https://doe.ajudeobarco.com.br/mais_de_um_milhao/single_step.







