Jovem jogador de futebol tatuiano atua em 2 times simultaneamente

Fruto do “Bom de Bola”, "Alemão” projeta futuro como profissional

Ryan jogando pelo Desportivo Brasil, de Porto Feliz (Foto: Divulgação)
Da reportagem

Revelado pelo Projeto Bom de Bola, ação social idealizado pelo ex-jogador profissional de futebol Diego Barros, o jovem atleta Riyan Rodrigues Cabral Antunes, ainda nas categorias de base, projeta o sonho de se tornar jogador de futebol profissional.

Apesar da pouca idade, o garoto de dez anos já tem experiência nas quadras e nos gramados. “Ele começou aos cinco anos de idade no Bom de Bola. Foi lá que aprendeu os primeiros chutes e toques de bola”, conta o pai, Cleber Cabral Antunes da Silva, conhecido como “Clebão”.

Foi nesse projeto também, segundo o pai, que Riyan recebeu de Diego o apelido de “Alemão” e a posição de linha, como atacante.

Por conta da atuação na escolinha, o atleta teve, em 2020, a proposta de atuar pelo Santo André Futebol Clube. No entanto, conforme relembra o pai, “foi uma época de muita dificuldade, devido à distância percorrida toda semana para atuar nos treinos”. “Viajávamos de três a quatro vezes na semana para os treinos e jogos”, relata.

“Tivemos muitas dificuldades nessa época, tanto financeira, quanto de administrar o tempo, pois em cada viagem eram 320 quilômetros percorridos e quase seis horas dentro do carro. O Riyan comia, dormia, estudava e fazia lições da escola no carro”, exemplifica o pai.

No ano seguinte, em 2021, o atleta foi selecionado pela treinadora de futsal do Palmeiras e técnica da Sports e Cia., Fernanda Grande, para disputar o mundial “World Futsal Cup”, em Blanes, na Espanha.

No entanto, conforme explica Clebão, por conta da pandemia de Covid-19, a competição foi adiada para dezembro do ano seguinte. Mas, conforme o pai, por questões financeiras e falta de patrocínios, o garoto não conseguiu viajar.

Ainda integrando o Bom de Bola, o atleta defende, atualmente, as camisas de dois clubes: pela categoria sub-11, atua no futebol de campo pelo Desportivo Brasil, de Porto Feliz; e, pelo clube Magnus, de Sorocaba, compete no futsal na categoria sub-12.

Preenchendo as lacunas da evolução do jogador desde o início da carreira até a atualidade, Clebão observa a trajetória pretendida pelo filho: “São várias etapas a percorrer”.

“A primeira era jogar competições municipais e regionais para o Bom de Bola; depois, era chegar em um clube e disputar competições a nível estadual e nacional; agora, é permanecer em evolução dentro dos clubes e, depois, atuar em grandes equipes do Brasil, exterior e, quem sabe, na seleção brasileira, disputando uma Copa do Mundo”, idealiza.

Pelo Desportivo Brasil, o atleta defende a camisa do clube no Campeonato Paulista sub-11. Na estreia da competição, a equipe perdeu por 3 a 0 para o São Paulo.

Na segunda rodada, teve empate de 0 a 0 contra o São Bento. Na seguinte, o Desportivo venceu o Oeste por 2 a 0. Com estes placares, a equipe ocupa o quinto lugar no grupo oito, com cinco pontos.

“Não tem uma receita para ser jogador de futebol. Hoje, a questão física e, principalmente, a mental são tão ou mais importantes do que a técnica”, avalia Clebão.

“Temos a certeza que é muito difícil chegar no objetivo, mas estamos fechados com ele em busca desse sonho”, conclui o pai.