Da redação
Na tarde de sexta-feira, 14, a prefeitura emitiu nota à imprensa sobre a notificação judicial que determinou a suspensão das obras de remoção do “Cruzeiro” de Tatuí, localizado em frente ao cemitério Cristo Rei.
Nela, a administração municipal esclarece que todos as informações solicitadas pelo Ministério Público, por meio da determinação judicial com pedido liminar, já estão sendo esclarecidas. Desta forma, o Executivo afirma esperar que a retomada das obras aconteça na próxima semana.
“Tatuí é uma cidade de notável relevância histórica e cultural, o que exige uma atenção especial e cuidadosa em relação aos nossos bens patrimoniais. O ‘Cruzeiro’, um importante marco histórico, tem sido, ao longo do tempo, subvalorizado, o que resultou em um aumento de acidentes e na desvalorização de sua relevância histórica”, registra a nota.
A determinação liminar, a qual tem o intuito de antecipar a decisão final da ação, foi resultado de ação popular encabeçada por Carlos Orlando Mendes Filho. A ação sustenta que a remoção do monumento foi feita a pedido do prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior “sem qualquer justificativa plausível para o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de Tatuí (Condephat), sendo a cruz um patrimônio histórico da cidade por quase cem anos”.
Desta forma, o MP entendeu que o ato administrativo, “injustificado pela prefeitura, bem como pela notoriedade de valor histórico do cruzeiro, é motivo para determinar a suspensão da retirada dela do local de origem”.
O assunto ganhou destaque entre os vereadores na ordinária da Câmara Municipal, na segunda-feira, 10 (reportagem nesta edição). Entre os argumentos, apontou-se a falta de comunicação ao Condephat e o valor histórico que a cruz tem para a cidade.
A prefeitura aponta que o intuito da renovação da cruz é “melhorar a preservação e o cuidado com o patrimônio histórico e cultural do município, além de expandir e fomentar iniciativas turísticas, culturais e ecológicas”.
Na nota, a administração municipal lista as ações de melhorias que as obras garantirão, entre as quais, a revitalização do “marco histórico do Cruzeiro”, a qual contempla a ampliação da base do monumento, reforço da estrutura e a instalação de uma nova cruz, em alusão ao centenário do marco histórico que se aproxima.
Conforme o Executivo, “a antiga cruz será restaurada e exposta em local seguro e de destaque dentro das dependências do cemitério Cristo Rei”.
Entre as melhorias, cita, ainda, a segurança e a mobilidade, as quais visam reduzir a possibilidade de acidentes na via onde a cruz está localizada.
“Reforçamos que não há qualquer tipo de descuido com nosso patrimônio histórico e cultural. O marco do Cruzeiro será mantido e revitalizado, enquanto a antiga cruz será restaurada e preservada”, conclui a nota.