“Vamos ter cara de cidade grande, de cidade de progresso, rica, porque Tatuí tem um povo rico. Então, merece ser uma cidade rica”. A expectativa do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, tem como base a construção de nova avenida de acesso ao município.
A obra, estimada em R$ 20 milhões, teve início na última terça-feira de março, 29, sendo anunciada pelo prefeito em evento na noite do dia 30. Na ocasião, Manu participou da inauguração do Centro de Artes Marciais “Kazuo Suga”, no prédio da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude.
O prefeito divulgou a abertura do primeiro trecho da avenida após citar conquistas na área do esporte. Enumerou, também, realizações na Educação.
Segundo ele, a Prefeitura tem promovido “uma verdadeira revolução educacional”. As razões apontadas são a compra de material escolar, a motivação dos profissionais (por meio de capacitações) e a qualidade do ensino.
Nessa área, o prefeito mencionou como destaque a economia mensal de R$ 20 mil (valor do custo de locação de cinco prédios para atender à secretaria) com a inauguração do CIE (Centro Integrado de Educação).
Ele citou, ainda, a inauguração de sete creches, construção de uma Emef (escola municipal de ensino fundamental) no bairro Tanquinho e o sistema de monitoramento.
Rebatendo críticas recebidas em rede social, Manu afirmou que se mantém “firme no propósito de governar com responsabilidade a cidade, apesar de haver uma avalanche de informações negativas”. Argumentou que, “mesmo com discursos contrários, o município está evoluindo, e tudo está funcionando”.
Discursando para pais de alunos de atividades esportivas, secretários e servidores, o prefeito destacou números da segurança pública. Voltou a afirmar que o município teve problemas por conta da queda de arrecadação de tributos e por causa das chuvas.
Segundo ele, as precipitações contribuíram para o aumento no número de buracos e culminaram, ainda, na queda da ponte do Marapé. Manu disse que as chuvas o aproximaram de um “possível recorde”. “Já consegui, em três anos, quatro pontes. Se ficar nesse ritmo, vou terminar o ano fazendo mais”, declarou.
Entre as pontes reformadas, estão as dos bairros Colina Verde e Rosa Garcia. No Marapé, a Prefeitura aguarda repasse de R$ 671 mil do governo estadual.
Manu pediu paciência aos cidadãos para dar início à construção, uma vez que o envio de recursos emergenciais precisa seguir tramitação burocrática.
“Não quero fazer uma ponte que, amanhã ou depois, caia novamente. A população está passando por uma situação de desconforto, tem que fazer desvio, algumas manobras. Mas não adianta fazer ponte em três meses e, daqui a dois, três anos, cair novamente. Temos que ter responsabilidade”, falou.
O prefeito sustentou que a Prefeitura tem seguido a mesma cautela na realização de obras em outros setores. Em função disso, haveria atrasos em ações como tapa-buracos e limpeza. “Isso (a demora) acontece também com pequenos problemas. Mas nós estamos priorizando os maiores”, argumentou.
Entre as urgências, o prefeito citou a equalização das contas da Santa Casa. O Executivo requisitou a administração do hospital no mês de janeiro, após entendimento com a ex-provedoria e a empresa de gestão São Bento Saúde.
Na infraestrutura, Manu ressaltou o início da nova avenida que vai permitir acesso a um futuro shopping center do município. A via é considerada um “projeto de alta envergadura”. “Ela vai dar grande projeção para a cidade”, comentou.
O prefeito afirmou que a primeira etapa da obra serve de resposta para “informações negativas”. “Falaram que o projeto não ia sair do papel, mas, ontem, estivemos lá, juntamente com a equipe de parceiros, para dar início”, declarou.
A avenida integra contrapartida de grupo de loteadores que exigiu mudança na lei de zoneamento para construí-la. Os investidores pediam a redução da metragem dos lotes a serem comercializados para construir a benfeitoria, de modo a atender ao futuro centro comercial.
Por outro lado, o grupo que pretende construir o shopping center condicionou a construção de acesso à vinda do empreendimento. Os conflitos de interesses resultaram em impasse na Câmara Municipal, vencida pelo Executivo após a mudança do projeto original, limitando a área alterada.
Com isso, os loteadores mantiveram a proposta de investir R$ 20 milhões na nova avenida. A obra prevê canteiro central com iluminação, calçadões e ciclovia. Manu disse que a avenida será “o novo cartão postal do município”.
Ele afirmou que a melhoria não atende somente ao Executivo e secretários, mas à população. Também argumentou que ela vai permitir um “novo vetor econômico” (o centro comercial), o qual deve gerar “diversos empregos”. Com isso, concluiu que a economia da cidade vai “sofrer uma guinada”.