A Prefeitura iniciou, nesta semana, a montagem da estrutura para a realização da quinta Feira do Doce. O processo de instalação de barracas e estandes deve ser o “menos traumático possível”, conforme divulgou o secretário municipal do Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, Cassiano Sinisgalli.
Segundo ele, pedestres, motoristas, expositores e comerciantes que têm negócios no entorno da Praça da Matriz não terão transtornos neste ano. “Estamos trabalhando em soluções para melhorarmos esta parte da organização”, contou.
A saída encontrada pela Prefeitura foi buscar empresas terceirizadas, por meio de carta-convite. O secretário explicou que esta modalidade dá mais liberdade para que o poder público convide empresas mais qualificadas ao trabalho.
Para este ano, a Prefeitura mudou a exigência para o contrato. Solicitou que a empresa a prestar serviços para a montagem da estrutura começasse os trabalhos nesta segunda-feira. Com isto, o entorno da Praça da Matriz ficará menos tempo sob interdição parcial, causando impacto menor para a população.
Sinisgalli enfatizou que a secretaria quer evitar o problema ocorrido em 2016. De acordo com ele, no ano passado, o entorno da Matriz teve de ficar fechado por duas semanas. “As pessoas responsáveis pelas montagens chegaram numa quinta-feira e a desmontagem demorou mais ainda”, afirmou.
Ainda segundo o secretário, a Prefeitura demorou a liberar o acesso das ruas laterais à praça por conta do tempo que as empresas levaram para fazer a desmontagem.
A explicação é que, no ano passado, o Executivo contratou vários prestadores de serviços. “Elas (as empresas) vieram picadas. E, na carta-convite, nós focamos numa empresa que possa oferecer um todo”, complementou.
Com isto, Sinisgalli estima que tanto o prazo de instalação da estrutura quanto da retirada dos materiais seja menor. “Vai ficar tudo mais rápido e afetar o mínimo. A ideia é começarmos pelos extremos da praça”, antecipou.
Desta forma, a estrutura será instalada a partir do mapa do espaço, deixando as laterais (entre as ruas José Bonifácio e Coronel Aureliano de Camargo) para serem concluídas esta quarta-feira. “A logística será a melhor”, sustentou.
Neste ano, além da dinâmica de preparação, Sinisgalli destacou que a Prefeitura buscou atender reivindicação de comerciantes, feita pela ACE (Associação Comercial e Empresarial). A entidade havia sugerido, em edições anteriores, que o evento fosse realizado depois da segunda quinzena do mês de julho.
O pedido tinha como meta preservar os lojistas, de modo a não afetar as vendas no início do mês, período no qual a maioria dos trabalhadores recebe salário. Até 2016, a feira aconteceu no início de julho, causando conflito e perda de arrecadação dos empresários que mantêm negócios perto da praça.
“Esta sempre foi uma das piores épocas para o comércio, porque o evento ficava movimentado, mas afetava os lojistas. Nós mudamos a feira pensando nisto”, declarou.
A estratégia da secretaria é estimular os consumidores a utilizarem os vales (recebidos na segunda quinzena do mês) para adquirirem os produtos. “Com isto, vamos movimentar uma data que não é tão concorrida para o comércio, ao mesmo tempo em que estimularemos a economia”, avaliou.
Neste ano, mais de 250 tipos de doces serão comercializados nos três dias de evento. Eles estão divididos nas seguintes alas temáticas: doces finos, doces tradicionais e artesanais, doces de festa e sobremesas, churros, crepes e pastéis; produtos de milho, bolos e tortas, chocolates, bebidas e brigadeiros gourmet.
Para organizar o evento, a secretaria realizou uma série de reuniões com os produtores. Três delas aconteceram em junho e as demais, neste mês, totalizando sete encontros. A organização reuniu os doceiros e os diversos colaboradores, no Centro Cultural Municipal.
A secretaria ofereceu, ainda, palestras aos expositores, voltadas para estimular as vendas, e realizou encontros com representantes do DMMU (Departamento Municipal de Mobilidade Urbana), para discutir sobre as interdições e as ações necessárias visando garantir a segurança.
Profissionais da VS (Vigilância Sanitária) do município também ministraram palestras. Eles orientaram os produtores a respeito de métodos de manipulação, transporte e conservação dos doces e sobre requisitos mínimos.
“Estes treinamentos têm como intuito preparar os expositores para o mercado. Em uma das reuniões, por exemplo, o palestrante falou sobre expectativa de vendas e perspectivas para depois da feira do doce”, contou Sinisgalli.
Conforme o secretário, as medidas permitem a profissionalização dos doceiros, que realizam o evento por meio da Aprodoce (Associação dos Produtores de Doce de Tatuí). A ideia é que os integrantes possam manter reuniões mensais de modo a estimular a cadeia produtiva e a economia do município.