Greve na Etec Tatuí é suspensa, mas sindicato mantém estado de greve

Unidades de ensino técnico devem deixar a paralisação (Foto: Arquivo O Progresso)
Da redação

O Comando Central de Greve (CCG), que reúne diretores do Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza) e representantes das unidades de greve das Etecs (Escolas Técnicas) e Fatecs (Faculdade de Tecnologia) do estado de São Paulo aprovou a indicação de suspensão da greve da Etec em Tatuí, iniciada no dia 8 de agosto.

Na cidade, apenas a Etec “Salles Gomes” havia aderido à paralisação, tendo a Faculdade de Tecnologia (Fatec) local mantido o funcionamento normalmente.

A iniciativa sindicalista, no entanto, decidiu manter a manutenção do estado de greve. A posição, segundo o órgão, foi majoritária, após os representantes locais relatarem avaliações feitas entre colegas.

Pela maioria das avaliações, o movimento foi positivo, com a “união de um contingente grande de professores, auxiliares docentes e administrativos em todo o estado, muitos deles em greve pela primeira vez, e que foram às ruas para defender as reivindicações da categoria”.

De acordo com o sindicato, a apresentação das diretrizes da revisão da carreira foi considerada como fruto da greve, pois, segundo a associação, “até então, o que se tinha era um conjunto de slides desencontrados”.

Conforme as informações apresentadas, há “muito descontentamento em relação às diretrizes apresentadas”.

A orientação do Sinteps, contudo, é que os trabalhadores discutam o texto e levantem todas as dúvidas e críticas, enviando-as ao órgão sindicalista, pelo e-mail sinteps@uol.com.br.

Nesse contexto, o sindicato fará uma live nesta sexta-feira, 25, às 17h, no canal do Sinteps, no Youtube, com o tema “A Luta Continua! Por um Plano de Carreira Digno, Conquistas para Todos, em Defesa das Unidades de Ensino Técnico”.

Reivindicações

Na proposta de negociação, são apontados quatro motivos que, conforme os manifestantes, “acometem os trabalhadores da educação profissional, técnica e tecnológica pública do estado de São Paulo” e, portanto, sustentaram a necessidade de greve.

A categoria pede o fim do arrocho salarial com a justificativa de que sofre com perdas há anos, enquanto, “na contramão, a inflação segue avançando mês a mês, fazendo com que o salário da classe siga praticamente congelado e perdendo poder de compra”.

Os grevistas também querem que o governador negocie com o Sinteps a reposição dessas perdas, “assim como a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou reajuste de 50% no salário do governador e de seus secretários, além do reajuste de 34% aos funcionários da segurança pública”. O movimento educacional reivindica 53,23%.

O pagamento do bônus resultado também é requerido pelos trabalhadores. Eles alegam que, embora seja um direito da categoria, “todos os anos o governo manipula as datas, pagando o benefício quando bem entende”. A categoria exige o “imediato” pagamento do benefício.

Por fim, os grevistas não querem a implantação do ensino técnico na rede estadual, anunciada pelo secretário da Educação de São Paulo, Renato Feder, para 2024.

1 COMENTÁRIO

  1. Aumentem os salários dos professores que não tem greve, uma vergonha esse salário que ganham, aumentar para governador e secretários para políticos aumentam ,mas para trabalhadores não querem aumentar uma vergonha, o prefeito de tatuí o Miguel é professor também, só que é da educação que será a mesma coisa, porque que não intercedem junto a o governador Tarciso para aumentar os salários da categoria, esse prefeito também é uma vergonha, tatuí está abandonado principalmente a zona rurais.

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