Gratidão a Tatuí

Aqui, Ali, Acolá

José Ortiz de Camargo Neto *

Caros amigos

Agora que mais uma vez transcorreu a festa de aniversário de nossa querida cidade, acendeu-se em meu coração um misto de saudades e, sobretudo, gratidão.

Graças aos céus nasci na Cidade Ternura. Graças a Deus vim ao mundo nesta terra que é o berço deste incrível artista, Paulo Setúbal.

Desde pequeno, tive a sorte de acompanhar os desfiles juvenis, os concursos, os artigos de jornal, e todos os eventos que acompanham a Semana dedicada ao notável escritor, alma de minha terra.

E foi assim que tive a ventura de começar a ler todas as suas saborosas obras: “A Bandeira de Fernão Dias”, “Os Irmãos Leme”, “As Maluquices do Imperador”, “Ensaios Históricos”…

Muita gente do povo não aquilata o que significa ter um escritor maravilhoso como esse homenageado todos os anos, sem falhar um.

As crianças da cidade, desde logo, começam a se interessar por seus livros, e daí pela literatura e pela arte de um modo geral.

É isso que faz de Tatuí uma cidade tão artística!

De todas as obras do famoso autor, as que mais me tocaram e tocam até hoje são “Alma Cabocla” e “Confiteor”.

Ambas transbordam sentimento, amor.

A primeira, escrita inteiramente em Tatuí, quando o poeta era jovem, traz o frescor da mais pura poesia – e é um retrato, não só poético, mas histórico de Tatuí dos primeiros tempos.

E em “Confiteor” o escritor extravasa toda sua alma, numa confissão humilde e arrependida de seus erros, e numa elevação moral dificilmente atingida.

Confessar seus erros de maneira tão pungente, com o fito de ajudar os semelhantes, considero a maior virtude de nosso amado escritor tatuiano.

Essas duas obras, até hoje me comovem. Até hoje as releio, comovido. Até hoje presenteio com elas as pessoas que amo.

Daí o título deste singela crônica. Obrigado Tatuí, meu berço querido. Obrigado, Paulo Setúbal, alma grandiosa de minha terra!

Até breve.

* Jornalista e escritor tatuiano.

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