GCM prende suspeito de assassinar frentista durante roubo no Astória

 

A Guarda Civil Municipal prendeu, na tarde de sexta-feira, 13, um dos suspeitos de ter matado a tiros um frentista em um assalto a um posto de gasolina na rua Hélio Reali, no Residencial Astória. O crime ocorreu por volta das 4h de domingo, 8.

O suspeito Hugo Roberto Santos de Souza, 21, foi localizado no Jardim Santa Rita de Cássia, após denúncia anônima. Segundo os GCMs Coelho e Soares Vieira, um denunciante passou as características físicas e descreveu as roupas usadas pelo suspeito, “que estava caminhando pelo bairro”.

“Passaram-nos as características dele. Quando o localizamos, o suspeito não reagiu nem tentou fugir, estava normal. Durante a própria abordagem, o rapaz disse que era autor do homicídio no posto de gasolina”, afirmou Coelho.

Conforme o GCM, ao verificar os documentos do suspeito, a equipe confirmou as informações repassadas em denúncia feita por meio de telefonema.

“Comunicamos o chefe dos investigadores e, diante disso, trouxemos o suspeito para a delegacia, onde foi ouvido pelo delegado e pelos investigadores”, explicou.

O acompanhamento e o depoimento do suspeito foram acompanhados pelo secretário municipal da Segurança Pública e Mobilidade Urbana, o ex-delegado José Alexandre Garcia Andreucci.

De acordo com ele, a prisão ocorrida na tarde de sexta-feira “reflete e reforça a parceria firmada entre a GCM e a Polícia Civil em prol à segurança pública”.

“Achamos, com o suspeito, um casaco que teria sido utilizado no crime. De agora em diante, a Polícia Civil vai dar prosseguimento ao inquérito e aos procedimentos judiciários”, explicou Andreucci.

Com a continuidade das investigações, a Polícia Civil espera identificar, nos próximos dias, as pessoas que estariam envolvidas no latrocínio.

Durante o depoimento, o suspeito afirmou que agira com a ajuda de um comparsa. Um terceiro homem também teria participação no latrocínio, porém, sem a colaboração detalhada pelo rapaz.

A O Progresso, o jovem suspeito afirmou que “não tinha intenção” de matar o frentista Flávio de Moura Rodrigues, 41. Ele disse ter efetuado três disparos, um para o alto e outros dois “para a vítima”.

“Eu dei um tiro para cima, para ver se ele ficava quieto; depois, ele continuou gritando e veio dar o ‘bote’ em cima da minha mão. No que ele veio, apertei duas vezes (o gatilho) e saí correndo”, declarou.

O suspeito contou que, após atirar no frentista, correu para um canavial próximo ao posto de combustíveis. “Daí, saí na Guardian (fábrica de vidros) e corri até o Jardim Lírio. Depois, cheguei de volta ao Santa Rita”.

Durante a fuga, o suspeito afirma ter jogado a arma utilizada no crime em um rio. O revólver é de calibre 32. Agentes da GCM chegaram a fazer buscas pelo local indicado por Souza, mas não encontraram o objeto.

O rapaz que teria atirado no frentista contou à reportagem que estava em uma festa, em um bar localizado próximo ao posto de combustíveis.

No local, ele encontrou “um conhecido” que teria contado-lhe sobre os planos de assaltar o posto de combustíveis. A proposta teria sido feita pelo comparsa após outra pessoa “ter abandonado ele”.

“Ele encostou e disse que tinha quatro cruzeiros (R$ 4.000) em um malote e que o parceiro dele abandonou a missão. Ele estava com a ferramenta e tudo no jeito. Então, eu fui com ele e teve esse desacerto”, declarou.

Após aceitar participar do plano, o suspeito e o comparsa foram até o posto de combustíveis para realizar o assalto. O frentista morto estava sozinho na hora do roubo.

“Não sei dizer de onde ele é (o comparsa). Ele já estava com a fita (o plano) feita. Eu só fui lá (ao bar) para curtir a festa. Eu estava bebendo e também cheirando (cocaína)”, contou.

O suspeito confirmou que utilizara um copo descartável para tomar água, momentos antes de anunciar o assalto no posto de gasolina. O objeto foi recolhido pelo IC (Instituto de Criminalística) de Itapetininga e seria remetido à sede na capital paulista, para exames.

A Polícia Civil deve comparar as digitais e material genético da saliva do copo usado com as do suspeito.

Segundo investigadores, a Polícia Civil entraria, ainda na sexta-feira, com pedido de prisão preventiva de 30 dias do suspeito. Até o fechamento desta edição, (sexta-feira, 17h), a prisão não havia sido decretada pela Justiça.