Game desenvolvido por alunos da Fatec está em ‘negociação’





O jogo criado por estudantes da Fatec (Faculdade de Tecnologia) “Professor Wilson Roberto Ribeiro de Camargo” está sendo negociado por órgãos públicos que lidam com a prevenção ao uso de entorpecentes. A informação é da assessoria do Ceeteps (Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula Souza”).

Apresentado como TCC (trabalho de conclusão de curso), o aplicativo tem como objetivo conscientizar crianças e adolescentes sobre os riscos do consumo de drogas. Testado pela comunidade e disponível para “download” gratuito, o jogo tem chances de ser incorporado a ações preventivas. O trabalho dos estudantes teve divulgação em primeira mão em O Progresso.

Durante dois anos e meio, os alunos do curso de gestão da tecnologia da informação “mergulharam” em conceitos de programação. O trabalho ficou a cargo do grupo formado por Michel Antonio Vieira, Eduardo Pereira Rodrigues, Francisco Benedito Oliveira Junior, Sulivan Tavares Leite e Diego Morais Zanata.

Eles produziram um game em 3D (três dimensões) que é dividido em 15 fases. A missão do jogador é capturar drogas, que ganham corpo e se tornam personagens da aventura.

A cada conquista, um aviso na tela explica os riscos de consumo e efeitos de cada droga. Um quiz no final da fase atesta se o jogador aprendeu a lição sobre as drogas citadas. O jogo é em primeira pessoa, como no popular “Counter Strike”.

“Eles foram a campo para conversar com jovens e entender que tipo de software eles gostariam de usar. Também tivemos apoio de profissionais da área da psicologia e mesmo da polícia para nos orientar sobre o tema”, explicou o professor Osvaldo D’Estefano Rosica.

Ele teve a ideia de orientar os estudantes para um trabalho que pudesse servir tanto aos interesses acadêmicos quanto à comunidade. O professor já atuou como representante da Fatec no Comad (Conselho Municipal Antidrogas).

“Tivemos orientação de profissionais da área até chegarmos a esse conceito, abordando três drogas principais: a maconha, que é a porta de entrada para esse mundo; o álcool, que é de fácil acesso; e o crack, uma droga bastante perigosa”, destacou Rodrigues, um dos integrantes do grupo estudantil.

Instalado no laboratório do Cosc (Centro de Orientação e Serviços à Comunidade), organização não governamental de apoio a pessoas carentes, o jogo está sendo testado por crianças e adolescentes com faixa etária de 10 a 16 anos.

O passo seguinte é enviar o projeto para o Coned (Conselho Estadual de Pesquisas sobre Drogas) para que possa ser utilizado em outras ações de conscientização com a população. O jogo está disponível para download em http://www.4shared.com/rar/7pko2ZmPba/O_Jogo.html. O arquivo tem 54 megabytes.