Fusstat finaliza campanha e entrega 12 mil agasalhos a entidades locais

A presidente do Fusstat, Sônia Maria Ribeiro da Silva e a prefeita Maria José (AI Prefeitura)

O Fusstat (Fundo Social de Solidariedade de Tatuí) entregou, na tarde de quinta-feira, 20, mais de 12 mil peças de roupas a 14 entidades assistenciais. Os agasalhos e cobertores serão distribuídos para famílias carentes atendidas pelas associações.

A entrega simbólica da Campanha do Agasalho 2017 aconteceu no Centro Cultural Municipal e reuniu representantes de entidades, funcionários da Secretaria Municipal de Educação e conselheiras do Fusstat.

A Pastoral da Criança da Paróquia São Lázaro foi uma das entidades a receber agasalhos. O representante Hélio Márcio Oliveira da Silva elogiou a iniciativa do Fusstat e antecipou que irá distribuir as roupas e cobertores para as famílias carentes. Para ele, a campanha é importante, uma vez que o inverno deste ano está mais rigoroso.

“Esses agasalhos serão de grande ajuda para as crianças que nós ajudamos. Além deles, as famílias da nossa comunidade também serão beneficiadas. Atualmente, atendemos 20 famílias com 35 crianças no total”, contou.

Na terça-feira, 18, Tatuí registrou uma das mais baixas temperaturas no ano. Com o termômetro marcando 7 °C, várias famílias carentes sentiram falta de cobertores para enfrentar o frio.

“Foi bem crítico, mas, pelo que estão indicando, ficará mais gelado ainda. Nos próximos dias, iremos distribuir essas roupas na minha garagem para as famílias. É importante esse tipo de trabalho”, disse.

A arrecadação de roupas para a Campanha do Agasalho chegou a 42 mil unidades. Do total, apenas 1.960 peças – a maioria formada por sapatos – foram incineradas. Os agasalhos inservíveis representaram apenas 4,7% da soma, número pequeno se comparado aos de anos anteriores, quando a perda chegou a 35%.

De acordo com a voluntária Aline Daniele de Souza Vieira, da Pastoral da Criança da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, um dos maiores problemas enfrentados pelas famílias carentes do município é a falta de cobertores.

“Dos agasalhos, os mais pedidos são os cobertores, pois muitas crianças acabam dormindo juntas para não passarem frio. Eu trabalho no Jardim Europa, um lugar bem crítico. Temos um cadastro das famílias, e as que mais precisam de cobertores nós providenciamos”, afirmou.

A comunidade cristã atende a 23 crianças de 15 famílias do Jardim Europa, todavia, os agasalhos serão distribuídos para todas as pessoas necessitadas, conforme a voluntária.

O Lar São Vicente de Paulo irá receber parte das peças de roupas da campanha. A ação irá beneficiar 80 idosos atendidos pela entidade centenária.

As roupas entregues pelo Fundo Social irão repor as usadas pelos idosos. Por ter uso diário, as roupas ficam desgastadas rapidamente, fazendo com que a troca seja mais frequente, de acordo com a primeira-secretária Célia Maria Oliveira Holtz.

“É uma coisa maravilhosa essa ajuda toda que nós temos recebidos já por muitos anos. Isso representa muito, pois sempre falam que o asilo é rico, mas eles (os atendidos) usam muitas roupas. Nós teremos a oportunidade de repor as peças de vestuário dos idosos”, explicou.

Antes de chegarem aos idosos, duas irmãs da Providência irão fazer a divisão entre as peças masculinas e femininas. Repartidas as roupas, elas serão divididas e entregues aos internos, conforme o gosto individual.

“Tem idosos que gostam de por meias, sempre pedem. Estamos constantemente preocupados com agasalhos para eles não sentirem frio. As pessoas podem nos doar, além de blusas, gorros, luvas, que eles gostam bastante nos dias de frio”, contou.

De acordo com Célia, nem 2% das famílias que têm internos morando no lar vicentino levam roupas para os parentes. Por conta disso, a instituição depende de doações como a do Fusstat, ou diretamente na portaria.

“As doações que chegam para o bazar nós já separamos as que podem ser usadas no asilo. Então, isso é feito prioritariamente para uso do lar, o bazar auxilia com vestimenta ao longo do ano, e a campanha reforça necessidade de peças de inverno”, explicou.

Com a responsabilidade de suprir as necessidades diárias dos idosos, como alimentação, tratamento de saúde e acomodações, o lar não tem condições de comprar roupas novas para os internos, segundo Célia.

Para a presidente da Casa do Bom Velhinho, Ana Aparecida de Lima Santos, o inverno é a estação do ano em que as entidades assistenciais necessitam de mais atenção por parte dos tatuianos.

A instituição de longa permanência atende a 53 idosos, entre homens e mulheres. As roupas, como no Lar São Vicente, serão distribuídas aos internos. As peças que sobrarem poderão ser colocadas em um bazar e a renda será revertida para a compra de fraldas, necessidade constante da Casa do Bom Velhinho.

“Em épocas como esta, por causa da campanha, instituições de maneira geral têm atenção maior da sociedade. A comunidade tatuiana está começando, agora, a enxergar melhor a instituição, graças a Deus, e está nos ajudando bastante com mantimentos. Quando não temos ajuda, corremos atrás dos clubes de serviços e dos nossos amigos”, contou.

A presidente do Fusstat, Sônia Maria Ribeiro da Silva, classificou a campanha deste ano como “um sucesso”. Ela destacou a solidariedade do tatuiano, que doou roupas de melhor qualidade, baixando o índice de perdas a 4%.

“Ganhamos cobertores novos, todas as peças em excelente qualidade. Além de aquecer o corpo dos mais necessitados, cada peça vai mostrar a solidariedade do povo tatuiano. Isso faz bem para o coração e bem para a alma”, avaliou.

A presidente agradeceu os comerciantes, diretores de escolas, entidades, prédios públicos que receberam as 150 caixas do Fundo Social de Solidariedade de Estado.

Sônia diz acreditar que o “sentimento de solidariedade” está maior devido às dificuldades enfrentadas pela população durante a recessão brasileira. A crise, inclusive, fez com que o governo do Estado reduzisse a remessa de caixas para a Campanha do Agasalho pela metade. O Fusstat solicitou 300, mas recebeu 150.

“Parte das roupas, 20 mil, ficará com o Fusstat. Muitas pessoas vêm na nossa sede para pedir roupas, encaminhadas pelos Cras (Centro de Referência em Assistência Social). Quem vier aqui será ajudado”, declarou.