Funcionários da Sabesp não vão entrar em greve até final do mês de abril





Sintaema

Funcionários da Sabesp podem entrar em greve no final de abril

 

Os funcionários das unidades do interior da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) decidiram não entrar em greve até o dia 29 de abril, durante assembleia realizada na terça-feira, 25, na cidade de Lins.

A decisão foi tomada por cerca de 300 representantes de 55 municípios do interior, inclusive, de Tatuí. Os trabalhadores também decidiram suspender as paralisações, pois a Sabesp propôs três rodadas de negociação.

Os encontros entre representantes dos funcionários e da empresa acontecerão nos dias 2, 9 e 23 de abril, e uma nova audiência entre as duas partes está agendada para o dia 28 do mesmo mês, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).

“A categoria continua mobilizada e em estado de greve, mas cessaremos com as paralisações por enquanto”, afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema), José Antônio Faggian.

Ele reforça que o sindicato estará presente nas rodadas de negociação e que haverá nova assembleia após a audiência no tribunal. “O indicativo de greve agora ficou para o dia 29 de abril, quando terminam as reuniões com a Sabesp”.

“Estamos confiantes de que vamos conseguir alcançar nossa reivindicação, mas, se a empresa não propuser o que queremos, vamos entrar em greve por tempo indeterminado”, garantiu Faggian.

A Sabesp não quis comentar sobre as negociações nem sobre a possibilidade de greve, mas informou, por meio de nota, que os serviços da empresa atuam normalmente em todas as cidades atendidas pela companhia.

Revindicações

A categoria revindicada o fim do chamado “salário regional”, pelo qual os funcionários de alguns municípios do interior recebem 20% a menos que os de cidades próximas à capital.

“Esse modelo de pagamento existe desde o ano 2000. Na campanha salarial do ano passado, nós firmamos um acordo com a Sabesp para que fosse feito um estudo sobre o salário regional. O estudo comprovou que não faz sentido manter essa diferença, pois o custo de vida não é tão diferente entre as duas regiões”, explicou Faggian.

Segundo texto presente na página do sindicato, “esta luta é antiga, e já conseguimos (os funcionários) avanços importantes ao extinguir a modalidade no litoral norte e em alguns municípios do interior. Agora a luta é para acabar com o salário regional em todos os locais onde ele ainda é aplicado, não é justo que companheiros nossos continuem tendo seus salários diferenciados”.