Em sessão ordinária sem votação de projetos de lei, o assunto mais abordado pelos vereadores na terça-feira, 22, foi um requerimento apresentado por um parlamentar da base governista.
Daniel Almeida Rezende (PV) solicitou, à Prefeitura, informações sobre a fila de exames de ressonância magnética, causando desencontro entre vereadores da base e oposicionistas.
O tema foi levantado pelo vereador socialista Rodolfo Hessel Fanganiello. Durante a discussão dos requerimentos, o parlamentar mencionou o documento apresentado por Rezende, parabenizou o colega e afirmou que até a base governista estaria “preocupada com o andamento dos exames no SUS (Sistema Único de Saúde)”.
“O vereador é da área da Saúde e está em contato com a população. Se um vereador da base está questionando a prefeita sobre as filas de exames, realmente, é porque a Saúde na cidade está muito precária”, declarou.
O vereador oposicionista acrescentou que “muitos parlamentares que antes se preocupavam com a Saúde, atualmente, não falam mais nada”.
Líder do governo na Câmara, Antonio Marcos de Abreu (PR) usou a tribuna na sequência. Para ele, Rezende apresentou requerimento questionando a fila de exames para comparar com a gestão anterior.
“Esses exames foram represados no fim do ano passado. A antiga gestão realizava parte, o que gerou filas. O requerimento é para estabelecer uma base de comparação ao governo passado”, sustentou.
Para Abreu, a demanda “ficou reprimida por muito tempo”. O parlamentar ainda apontou que o Ministério Público local requerera abertura de inquérito civil para investigar a compra de medicamentos na gestão passada.
“O antigo secretário de saúde responde juridicamente, junto com o ex-prefeito. Abriu o inquérito, se será condenado ou não, é outra coisa. Entendo você ficar bravo comigo, pois o antigo secretário é seu pai”, declarou Abreu.
Diante do embate, o presidente da Câmara, Luís Donizetti Vaz Júnior (PSDB), pediu para que os vereadores opositores façam “uma comparação justa” e que a própria base governista pode fazer fiscalização.
“Não venham colocar palavras nas bocas de vereadores e causar turbulência na base. Nós estamos tranquilos, até o final do mandato estaremos coesos”, frisou.
Autor do requerimento, Rezende assumiu a tribuna para comentar. “Queria fazer um comparativo com a antiga gestão. Estive hoje no Cemem (Centro Municipal de Especialidades Médicas). Está muito melhor (o atendimento)”.
As ações da Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e do Conselho Tutelar batizadas de “Operação Rolezinho” foram novamente comentadas por vereadores da chamada “bancada jovem”.
Eduardo Dade Sallum (PT) afirmou julgar ser importante que as forças de segurança fiscalizem o consumo de álcool por menores de 18 anos. Todavia, o parlamentar pediu que a Prefeitura promova eventos voltados aos jovens, no Centro Cultural Municipal.
“Me preocupa aquele ‘elefante branco’ em frente à Praça da Santa (Martinho Guedes). Por que não é usado para eventos de hip hop, funk, artes cênicas? O antigo Alvorada foi ponto de encontro dos moradores mais antigos da cidade e, hoje, não tem eventos para jovens”, declarou.
Para João Éder Alves Miguel (PV), a Prefeitura precisa dar novas opções de lazer à juventude. O poder público, na opinião do vereador, pode também incentivar a prática esportiva e dar oportunidades de profissionalização aos jovens.
“Nós pleiteamos a vinda de cursos da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), junto ao diretor Ricardo Bucolon e ao deputado Chico Sardelli (PV). Levamos um ofício da prefeita Maria José (Vieira de Camargo) solicitando a unidade na cidade”, disse.
Ronaldo José da Mota (PPS) requereu que a presidente do Sindserv Tatuí (Sindicato dos Servidores Públicos de Tatuí e Região), Maria Cláudia Adum, compareça à Câmara para explicar o acordo fechado com a Prefeitura.
“Mandamos um requerimento, que foi aprovado pela Câmara, e foi ignorado pelo sindicato. Gostaria que ela (Maria Cláudia) comparecesse e tirasse nossas dúvidas”, afirmou.
Rodnei Rocha (PTB) e Valdeci Antonio de Proença (Podemos) solicitaram que a prefeita instale uma casa de apoio a pacientes que fazem tratamento do câncer no Hospital “Amaral Carvalho”, em Jaú.
“Se a prefeita puder olhar com carinho para esses pacientes, pois essa doença é impactante nas vidas das pessoas e dos familiares. Uma casa para acolher os tatuianos que fazem tratamento em Jaú ajudaria bastante”, opinaram.