Concluindo a 23ª edição, o Concurso Artístico e Literário de Natal, promovido pelo jornal O Progresso, apresenta os vencedores e demais selecionados em mais esta publicação especial de final de ano.
Em 2017, foram 1.569 inscrições, distribuídas entre 1.440 desenhos e 129 redações. Entre esse montante, houve apenas cinco desclassificações, por ausência total de dados que pudessem identificar os autores.
Ao todo, cerca de 50 instituições de ensino receberam convite. As escolas públicas e particulares tiveram a chance de estimular seus alunos a trabalhar o tema “Tatuí no Natal”, nas duas modalidades.
Os vencedores em cada grupo de anos foram premiados com R$ 250. A iniciativa concedeu, portanto, R$ 2.500 em prêmios, divididos entre os primeiros colocados do 1o ao 9o ano.
As entregas foram realizadas pelos patrocinadores da iniciativa. São parceiros do concurso em 2017: Colégio Objetivo (que premia dois vencedores), Imobiliária Simões, Paulo Motos, Sempre Bella, Palácio do Sorvete, CCAA, Prudente Fórmulas, Plenna Estética e Maricota.
Direcionado a alunos do ensino fundamental de escolas públicas e particulares, o certame cultural também manteve, pelo quinto ano consecutivo, o convite para os estudantes da Escola de Educação Especial “Wanderley Bocchi”, mantida pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).
Contudo, como a escola não atendeu ao convite, a organização do concurso entendeu por bem reclassificar as premiações, assim privilegiando os alunos dos anos que mais registraram participação.
Assim, na categoria desenho, foram distribuídos seis prêmios: os estudantes do 1o ao 4o ano tiveram um vencedor cada; os que estudam no 5o e 6o ano competiram entre si; e, finalmente, os do 7o, 8o e 9o ano disputam mais um prêmio.
Quanto à categoria redação, o sistema de premiação manteve-se igual aos anos anteriores, sendo agraciados os melhores trabalhos dos alunos divididos em grupos de dois em dois anos.
Desta forma, foram mais quatro prêmios, divididos entre os estudantes do 2º e 3º ano, 4º e 5º, 6º e 7º e 8º e 9º.
Nesta edição, o concurso ganhou novos apoiadores na composição do júri, o qual conta, desde a primeira edição, com alguns profissionais de destaque em suas áreas.
Entre a categoria redação, estão presentes na avaliação dos trabalhos, há décadas, três professoras tão experientes quanto queridas na Cidade Ternura, as quais dispensam apresentações: Leila Salum Menezes da Silva, Almira Porciúncula e Cimira Cameron.
Em 2017, somou-se a elas outro professor: Henrique Autran Dourado, diretor executivo do Conservatório. Embora não formalmente mestre nas letras – é músico profissional -, Dourado é articulista de O Progresso há anos e autor de diversos livros.
Estudou licenciatura na Fefierj (atualmente, Uni-Rio), é bacharel em música pelo New England Conservatory (EUA), mestre e doutor pela USP, onde é docente há 34 anos. Ainda assina artigos para revistas especializadas ou semanais, como a “Veja”. Recebeu inúmeros prêmios, medalhas e distinções.
Já no julgamento da categoria desenho, seguem alguns dos mais conceituados artistas plásticos de Tatuí, como Jaime Pinheiro, Mingo Jacob, Carmelina Monteiro, Ivan Gonçalves e Rafael Sangrador.
A novidade deste ano é a participação, no júri, do também artista plástico e publicitário Binho Vieira, com mais de 20 anos de experiência na área de mercado de saúde suplementar, publicidade, responsabilidade socioambiental, design, marketing, gestão de marca, eventos, fotografia e comunicação empresarial.
Formado em publicidade e propaganda pela Universidade Metodista de Piracicaba e em desenho artístico pela Proart, em Sorocaba, é reconhecido nacionalmente com a conquista de mais de 20 estatuetas no Prêmio Nacional “Alberto Urquiza” de Comunicação e Marketing, nas categorias ações promocionais, memória empresarial e impressos.
Entre outras tantas distinções, Binho Vieira foi premiado com o projeto de design de ambientação do Hospital Unimed Tatuí, com a temática “Capital da Música”, algo inovador até então no país.
Ao longo das 23 edições do concurso, foram somados 42.333 trabalhos, divididos entre desenhos e redações. Certamente, diante desse volume, o certame se destaca como um dos mais significativos – senão o maior – entre as iniciativas a promover as produções artísticas na história da cidade –, e isto inteiramente por iniciativa privada, com apoio de empresas locais, sem qualquer patrocínio público.
Como reiterado a cada ano pelo jornal, mais que ilustrar páginas de uma edição comemorativa, o objetivo do concurso é dar a chance de as crianças se interessarem pela literatura e pela arte, ao mesmo tempo em que podem se sensibilizar com o tema, que lembra o nascimento de Jesus, muito além da distribuição de presentes.
Para completar, o concurso ainda tem buscado vincular, nos anos recentes, o tema à realidade local. Por conta disso, orienta a confecção dos trabalhos a partir de um tema, que tem sido “O Natal em Tatuí”.
O resultado é que, das tradicionais reproduções de árvores e Papai Noel, os trabalhos evoluíram para representações de ícones locais, como o Conservatório e a Praça da Santa, inseridos no contexto natalino.
Por sua vez, aos professores, o certame rende reconhecimento, uma vez que conta com a colaboração deles para acontecer. Os educadores trabalham com os estudantes a temática do concurso dentro de suas respectivas disciplinas e, quando há as publicações, eles recebem o crédito junto aos alunos.
Finalmente, como tem acontecido durante todos estes anos, o leitor do jornal tem em mãos não somente as tradicionais mensagens de Natal, mas, sim, um presente especial, literalmente, escrito e desenhado por crianças, ainda as mais sensibilizadas pelo “espírito do Natal”.
A todos, um excelente final de ano, e que 2018 seja marcado pelas reconquistas e felicidades!