Félix

(Arquivo Cláudio Aldecir)
Cláudio Aldecir

Criado no bairro paulistano da Moóca, Félix Miélli Venerando gostava mesmo de jogar de atacante nos tempos de criança e adolescente.

Atuou em quase todos os times de várzea do seu bairro. No primeiro quadro era o goleador e no segundo jogava no gol, porém mesmo com o chamado “faro de gol”, Félix gostava de verdade era de estar debaixo das traves.

Começou a chamar atenção e acabou sendo convidado para treinar no Juventus, clube que era vizinho da sua casa. Lá, passou pelas categorias mirim, infantil e juvenil.

Aos 16 anos, chegou a ficar na reserva do histórico Oberdan Catani, em um jogo do time profissional do Juventus. Foi convidado, em 1955, para um teste no Santos, porém um diretor da Portuguesa de Desportos foi mais rápido, contratando-o.

Sua chance de jogar, foi quando o titular Cabeção acabou convocado para a seleção em 1956, todavia na sua volta, Félix acabou emprestado ao Nacional da Capital.

No seu retorno à Lusa, encontrou Carlos Alberto Cavalheiro, outro goleiro de bom nível, vindo do Vasco da Gama.

Finalmente, assumiu a titularidade em 1959 ficando até 1968, quando foi para o Fluminense e suas chances de ir para a seleção aumentaram, pois os goleiros Cláudio, do Santos F.C. e Picasso, do São Paulo se lesionaram.

Mesmo sendo destaques na época, os novatos Ado e Leão ainda não tinham grande experiência. Dessa forma, Félix foi o titular na campanha do tricampeonato mundial de 1970 no México.

O “papel” como era chamado pela leveza e facilidade nas intervenções, jogou até 1977 no tricolor carioca, quando encerrou a carreira.

Merecidamente está na história do futebol.

NOTA: As fotos são do arquivo pessoal do autor, que data de 50 anos. Ele, como colecionador e historiador do futebol, mantém um acervo não somente de fotos, mas de figurinhas, álbuns, revistas, recortes e dados importantes e registros inéditos e curiosos do futebol, sem nenhuma relação como os sites que proliferam sobre o assunto na rede de computadores da atualidade