Famosas com endometriose: especialista desmistifica distúrbio e dá dicas de tratamento

Atrizes, cantoras e influencers que passaram pelo problema e procuram incentivar seguidoras na busca pelo diagnóstico precoce

Clínica Bellelis

A endometriose atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva. Cólicas, dores na relação sexual e infertilidade são alguns sintomas da doença. Sem tratamento, ela pode atingir formas graves, como a chamada endometriose profunda, que tem sintomas mais severos e deixam a mulher incapacitada para uma rotina normal. Por isso a importância do diagnóstico precoce, um dos grandes desafios da endometriose, já que as cólicas são confundidas com as dores do ciclo menstrual.

Muitas famosas têm feito seu papel em chamar a atenção e conscientizar mulheres sobre o tema, falando abertamente sobre seus diagnósticos. No Brasil, Malu Mader, Adriana Esteves e Tatá Werneck, entre outras, já deram depoimentos sobre o diagnóstico e a dificuldade que tinham para engravidar, que acabou sendo superada com o tratamento da doença.

A jovem atriz Larissa Manoela quando descobriu que tinha endometriose fez uma live no Instagram para estimular suas seguidoras a fazerem um acompanhamento médico adequado.

“Nem sempre o diagnóstico é realizado da melhor forma e logo de início, podendo levar até 10 anos para ser feito. Essa é a maior dificuldade, já que as dores da endometriose podem ser confundidas com dores rotineiras do ciclo menstrual. Precisamos dar visibilidade ao assunto, conscientizar profissionais de saúde e orientar cada vez mais mulheres a observarem seu corpo, porque o diagnóstico precoce é capaz de prevenir sequelas e permitir um tratamento que pode garantir o controle da doença e a qualidade de vida”, explica o ginecologista Patrick Bellelis, especialista em endometriose.

Como identificar sinais de alerta

Entre os principais sintomas da endometriose destacam-se as cólicas de forte intensidade e a dificuldade em engravidar. No segundo caso, é natural que as mulheres busquem ajuda profissional, quando desejam ter um filho. Mas no caso das cólicas, isso nem sempre acontece. Observar essas dores é importante para identificar se é o caso de recorrer a um médico. “Cólicas de maior intensidade, que afetam a rotina, ou com características diferentes das habituais devem ser encaradas como sinal de alerta”, frisa Bellelis.

Outros sinais que não devem ser ignorados durante o ciclo menstrual são dor durante a relação sexual, dor e sangramento ao urinar ou evacuar e dores nas costas. Sintomas fora do período menstrual também merecem atenção. A indicação do especialista é que, ao sentir qualquer coisa fora do normal, durante o ciclo ou fora dele, a mulher procure um ginecologista para que o quadro seja investigado e se dê início a um tratamento o quanto antes, se necessário.

Clínica Bellelis – Ginecologia

O ginecologista Patrick Bellelis é Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia