Em dezembro do ano passado, a previsão da Fatec era de concluir as obras do estúdio de produção fonográfica em maio deste ano. Neste mês, o diretor da unidade, professor-doutor Mauro Tomazela, adiantou que o prazo não vai se concretizar.
O motivo é uma falha no processo de transferência da titularidade do complexo educacional que leva o nome do professor Wilson Roberto Ribeiro de Camargo, falecido em 2005. Tomazela explicou que a faculdade só detectou o problema durante o processo de conclusão do estúdio fonográfico.
Para resolver a questão, a diretoria juntou-se à Prefeitura para levantar a documentação. “Nós conseguimos, e o Ceeteps está fazendo todo o processo. Existe uma orientação da procuradoria jurídica do centro de que não se faz obra em prédios que não sejam próprios. Então, temos essa pendência”.
Tomazela acrescentou que o entrave está afetando outras ações da instituição. Conforme o diretor, a Fatec tem projeto junto ao Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), mas que não pode ser iniciado sem a questão ser sanada.
“Existe toda uma tramitação, que passa por processos dentro do Centro Paula Souza, mas que não vai acontecer tão rápido”, falou o diretor.
De acordo com ele, a Fatec não possuía esse impedimento jurídico quando houve o processo de cessão. Tomazela disse que não havia a exigência e que, por conta dela, a instituição não vai conseguir cumprir o prazo de conclusão em maio.
O tratamento acústico consiste em obras que visam “limpar o som”. Segundo o diretor, a sala precisa passar por adaptações, na parte de madeiramento e de rebaixamento do forro, para que os ecos sejam eliminados.
Por essa razão é que o estúdio ainda não conta com isolamento interno e vidros que separem a câmara da sala de gravação. O espaço tem, no momento, quase todos os equipamentos necessários para captação de áudio. Eles foram adquiridos em pregão eletrônico, a partir de “plano emergencial”.
Em 2013, o Ceeteps informou que o processo de aquisição dos equipamentos previstos no projeto original não poderia ser realizado “naquele momento”. De modo a não prejudicar os alunos, a direção optou por um “plano B”.
Tomazela disse que somente alunos das duas primeiras turmas que se formaram não tiveram a oportunidade de usar o espaço. A compra dos equipamentos começou em janeiro de 2014, sendo recebidos na metade do ano passado.
Ao todo, o Ceeteps investiu R$ 241,8 mil na compra dos e-quipamentos emergenciais. A lista inclui pedestais, monitores de áudio, interfaces de áudio e rack.