Faculdade de tecnologia terá mais obras





Novas melhorias passaram a integrar o cronograma de ampliação e reforma da Fatec (Faculdade de Tecnologia) “Professor Wilson Roberto Ribeiro de Camargo”.

A direção da unidade de ensino divulgou, nesta semana, a estimativa de conclusão da segunda etapa do prédio um e readequações no prédio dois.

Em entrevista a O Progresso, o diretor Mauro Tomazela adiantou que o primeiro bloco do complexo educacional está recebendo pisos e pintura.

Ele explicou que a readequação do prédio – que abrigou a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) “Professora Eunice Pereira de Camargo” – se dará em três fases.

A última inclui a construção de um segundo andar do lado esquerdo do prédio (no sentido da entrada do complexo). O objetivo é ampliar as salas e permitir que o espaço seja acessado por meio de passarela interligando os dois lados.

A fase três inclui, também, a conclusão do estúdio de produção fonográfica. Entretanto, conforme Tomazela, ela ainda não teve projeto licitado. “Estamos montando o escopo, as planilhas para, depois, darmos sequência”.

Segundo o diretor, a faculdade já está utilizando o prédio um. De momento, estão sendo ocupadas as salas do andar superior, para aulas e para abrigar uma parte da administração.

Funcionam, na área já reformada, a diretoria e a diretoria de serviços da unidade. Quando o prédio tiver o lado esquerdo concluído, haverá a transferência da diretoria acadêmica (secretaria acadêmica).

Já as coordenadorias dos cursos tecnológicos ficarão instaladas em salas do prédio dois – que terá pequenas reformas. Tomazela disse que a intenção é permitir que os coordenadores continuem próximos das atividades laboratoriais.

O prédio que está sendo atualmente reformado tem, ao todo, 16 salas de aula. Dessas, três serão destinadas aos alunos do curso de produção fonográfica, porque contam com isolamento acústico. O prédio também possui o estúdio de produção fonográfica e mais dois laboratórios de informática.

A previsão da Fatec é de que a segunda etapa seja concluída até o final deste mês. Na sequência, a diretoria vai preparar a licitação da terceira e última etapa e viabilizar novas adequações no prédio dois, que havia sido reformado em 2010.

“Existem alguns acertos na parte administrativa. Nós vamos construir mais laboratórios”, adiantou o diretor.

Tomazela afirmou que será montado mais um laboratório de programação e operação para o curso de automação industrial, com cinco centros de usinagem CNC (feita por máquinas que foram previamente programadas por meio de comandos numéricos que informam as coordenadas de corte) e três tornos CNC.

Os equipamentos são doados por empresas que estabeleceram parceria com a faculdade. Eles, no entanto, dependem das readequações que deverão ser realizadas em breve.

Conforme o diretor da unidade, as reformas já estão previstas na “ata de preços” realizada pelo Ceeteps (Centro de Educação Estadual Tecnológica “Paula Souza”).

Desta forma, elas precisam apenas ser solicitadas pelas unidades. “O centro pede e a empresa faz, desde que haja recursos para tanto”.

Por meio da ata de preços, Tomazela contou que a faculdade consegue atender às necessidades de obras pequenas e de reformas sem precisar realizar licitações.

Ano que vem

Integrado ao prédio um, o estúdio de produção fonográfica deve começar a ser “montado” no ano que vem. A construção do espaço, a exemplo do prédio que o abriga, também será realizada em três etapas. A Fatec deve concluir a primeira delas, chamada de “obra civil”, ainda neste ano.

Na sequência, será realizado o trabalho de “sonorização”, que não estava no escopo da obra civil. Ela consiste na instalação de bandeiras de madeira e de espumas, chamadas de “cascas de ovos”, para a absorção do som interno.

“O estúdio está completamente isolado, o som não sai para fora e não entra, mas lá dentro não pode existir eco, ou um som atrapalhar o outro”, citou Tomazela.

A última etapa da construção do projeto é a instalação dos equipamentos. A direção de Tatuí está trabalhando desde o ano passado para viabilizar a compra deles.

O trabalho demorou, uma vez que os equipamentos não estavam previstos na BEC (bolsa eletrônica de compras) do Estado de São Paulo.

Segundo Tomazela, para que o Centro “Paula Souza” possa adquirir os equipamentos, eles têm de estar, obrigatoriamente, cadastrados na bolsa. Ocorre que nem os gestores do Ceeteps e nem da Fatec tinham autorização para fazer a inclusão.

“Tivemos de pegar o gestor da Secretaria de Estado da Cultura para fazer todo esse trabalho”, contou o diretor. Ao todo, o Estado cadastrou 39 equipamentos.

O dinheiro para a aquisição já havia sido reservado desde o ano passado. Entretanto, não deverá ser suficiente para a compra dos equipamentos. A Fatec estimou gasto em torno de R$ 1 milhão. O valor, corrigido, chegou a R$ 4,8 milhões.

Tomazela afirmou que, por conta de prazo, a compra não deverá ser realizada até o final deste ano. O diretor disse que espera concluir todo o processo de autorização até dezembro para, em janeiro, “disparar as compras”.