Durante a sessão ordinária de segunda-feira, 15, na Câmara Municipal, os edis debateram sobre a extração das árvores do canteiro central da avenida Donato Flores.
Na semana passada, a prefeitura deu início às obras preliminares para o recapeamento da avenida Donato Flores em toda a extensão dela. Além da recuperação da via, os canteiros serão revitalizados e receberão obras de drenagem.
Os serviços correspondem a mais uma etapa do programa “Asfalto Novo”, lançado em dezembro de 2018, pela qual a prefeitura está investindo R$ 10 milhões na recuperação viária.
O dinheiro é proveniente de linha de crédito do programa Pró-Transporte, uma ação do Ministério das Cidades, executada por meio da Caixa Econômica Federal com a agência Desenvolve SP, do governo do estado.
O programa prevê obras de pavimentação e recapeamento em quase 30 vias do município. Os serviços estão sendo executados em quatro lotes de obras, pelas empresas JPMIG Construtora Eireli – ME, Júlio & Júlio Ltda, Vanguarda Construtora e Serviços de Construção Viária Ltda e Construtora Madri Ltda.
O vice-presidente da Casa de Leis, Eduardo Dade Sallum (PT), protocolou o requerimento 681/19, questionando as motivações das extrações das árvores na avenida. Segundo ele, a corta das árvores causou “um tumulto muito grande entre a população”.
Na tribuna, Sallum indagou quais espécies serão plantadas no local. Conforme o vereador, devem ser árvores que deem sombra e sejam frutíferas, ao invés de palmeiras.
Citando a lei municipal 4.780, de 3 de julho de 2013, de autoria do vereador Wladmir Faustino Saporito (PSDB), que dispõe sobre o plantio e preservação de árvores frutíferas, Rodolfo Hessel Fanganiello (PSB) reforçou a necessidade de replantio de novas espécies de árvores como compensação.
O parlamentar Fábio José Menezes Bueno (Democratas) assegurou que as árvores e a reforma da avenida Donato Flores, assim como em mandatos anteriores, são assuntos recorrentes na tribuna da Câmara.
Ele sustentou que, em outra legislatura, recebeu de moradores do local um abaixo-assinado solicitando a extração das árvores. Segundo Bueno, era um pedido antigo dos moradores da região, que havia muitos anos vinham pedindo uma solução.
Conforme Bueno, as árvores não eram nativas e, sim, “exóticas” e, por esse motivo, puderam ser cortadas. Segundo ele, as árvores demandavam de muita água e as raízes buscavam-na a uma grande distância do próprio caule.
De acordo com o vereador, a retirada das árvores permite que as calçadas sejam niveladas, sendo que as raízes das árvores levantavam a superfície, “ficando impossível de andar a pé, quanto mais cadeirantes ou pessoas que possuam algum tipo de dificuldade de locomoção”.
“As raízes iam até a frente das casas; às vezes, entravam dentro de garagens, levando pisos e calçadas, atingindo tubulações de água, e acabavam corroendo a parte de baixo das casas”, assegurou o edil.
Alexandre de Jesus Bossolan (PSDB) declarou que, em conversas com o vice-prefeito Luiz Paulo Ribeiro da Silva, tomou conhecimento de que, no local, será desenvolvido um projeto “inovador”.
“Assim como a revitalização da avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali, se não for igual, a avenida Donato Flores ficará ainda mais bonita”, garantiu Bossolan.
Morador da região, Rodnei Rocha (PTB) afirmou que “não tinha o que fazer”, sendo necessário realizar a extração das árvores. Segundo ele, “é certo que deve haver um replantio, mas também haver compreensão em certas situações”.
“Estamos vendo, recentemente, em diversas cidades, grandes chuvas com ventos fortes. Aquelas árvores pesavam várias toneladas e, com as chuvas e aqueles ventos ‘urrando’, tinha de tirá-las”, reforçou Rocha.
O vereador João Éder Alves Miguel (PV) foi o autor dos requerimentos 688 e 689/19, assinados por Jairo Martins (PV) e Rocha, respectivamente.
Recentemente, a Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) anunciou a expansão dos cursos oferecidos no segundo semestre deste ano nos polos localizados no estado de São Paulo.
Alves Miguel solicita que a prefeita Maria José Vieira de Camargo contate a direção da instituição a fim de garantir que o polo de Tatuí seja contemplado com novas vagas para o vestibular do segundo semestre.
De acordo com o parlamentar, no ano passado, 200 alunos do município passaram no vestibular e têm a possibilidade de acesso ao ensino superior gratuito.
“Que a prefeita Maria José envide esforços para garantir que mais tatuianos possam ter acesso aos cursos superiores oferecidos pela instituição”, solicitou.
A segunda matéria requer da chefe do Executivo “uma listagem completa de quais são os estabelecimentos públicos municipais que possuem e os que não possuem o devido acesso aos utilitários de cadeiras de rodas – com rampas de acesso tanto nas calçadas quanto para entrada nos órgãos públicos – e que estejam dentro dos padrões estabelecidos”.
O requerimento ainda questiona qual seria a iniciativa e dentro de quanto tempo seriam executadas as obras para garantir a acessibilidade em todos os órgãos públicos municipais.
A exemplo das nove sessões ordinárias realizadas na Casa de Leis em 2019, mais uma vez, não houve a “ordem do dia” para votação de projetos de lei. Entretanto, os vereadores aprovaram, por unanimidade, todas as 27 indicações, 58 requerimentos e 8 moções de aplausos e congratulações.