Ética e Polí­tica Hoje!





Para a política o homem é um meio; para a moral é um fim. A revolução do futuro será o triunfo da moral sobre a política.
(Ernest Renan)

Ética e Política Hoje!

Embora nem sempre haja convergência entre a prática políticas e os princípios morais, é fato hoje que a sociedade em geral está cansada de tantas notícias envolvendo escândalos de corrupção e posturas não condizentes com nossos representantes políticos, tanto na esfera do poder executivo quanto do legislativo e clama por uma sociedade mais justa.

No mesmo sentido em que desde a antiguidade Platão e Aristóteles já destacavam o importante papel que a justiça deve desempenhar para a vida em sociedade.

Em um de seus pronunciamentos como candidato à presidência da República, Rui Barbosa afirmou: “Toda a política se há de inspirar na moral. Toda a política há de emanar da Moral. Toda a política deve ter a Moral por norte, bússola e rota”. Além disso, “a intensa crise política no país impõe que faça algumas reflexões sobre o problema da ética na política”.

Tanto a ética quanto a política são temas de uma longa tradição do pensamento filosófico e continuam a permear nossa realidade contemporânea por uma razão muito simples: – Não há como pensar a vida em sociedade sem valores morais e sem organização política.

A questão é: – As duas questões estão relacionadas ou devem ser tratadas de forma independente? Como vimos, ao longo da história, nem sempre os filósofos tiveram a mesma opinião sobre o assunto e ainda hoje esse tema é motivo de conflitos de ideias.

Afinal, ética e política podem convergir entre si? Podem ser ambos referidos a um mesmo termo de comparação, ou pertencem a universos incomensuráveis porque muito distantes?

Pode-se responder de um e outro modo e articular a resposta de muitos modos diferentes.

Para Cherchi, “a ética na política, diz respeito à conduta de cidadãos investidos em funções públicas, que como agentes públicos são responsáveis por manter uma conduta ética compatível com o exercício do cargo público para os quais foram eleitos”.

Por fim vale ressaltar que a sociedade contemporânea parece, de fato, cansada de ouvir falar de tantos escândalos na política e a apatia e até mesmo repulsa de muitos cidadãos pela política é a consequência direta, da forma como a política é conduzida pelos nossos governantes.

Mas nem todos os cidadãos ficam passivos diante dos problemas que envolvem a classe política. As mais recentes manifestações da população brasileira atestam isso.

A sociedade está cada vez mais disposta a se mobilizar pela “moralidade pública”. Escândalos de corrupção envolvendo as mais importantes empreiteiras do país na famosa operação Lava-Jato, quem vem combantendo os diversos esquemas de corrupções, que são divulgadas pelos meios de comunicações.

Vemos as participações ativas “dos movimentos pela ética na política” que culminaram com os impeachments dos ex-presidentes, Fernando Collor de Melo e de Dilma Roussef.

Esses dois movimentos demonstraram o quanto a população está disposta a tomar as ruas se for preciso, para acabar com a corrupção que assola o nosso país.

Sabemos que muito há ainda por ser feito e que a corrupção, talvez, dificilmente tenha fim, já que são muitas as formas de manipulação, utilização e desvios de verba pública para beneficiar interesses particulares e partidários.

Contudo, há nos corações e mentes de homens e mulheres sempre uma fagulha de esperança de que é possível viver numa sociedade mais justa e menos desigual. E é este sentimento que nos anima e nos move rumo a um futuro melhor.