O Progresso
Infraestrutura iniciará avaliação de condição para obras de reforço
Equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura devem se mobilizar a partir desta semana para um trabalho preventivo. O prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, informou que a pasta municipal iniciará reforço da estrutura da ponte que liga o Jardim Lírio e os residenciais Reserva dos Ipês ao centro, em trecho do ribeirão do Manduca.
Inicialmente, o Executivo providenciará um estudo de impacto por conta do número de circulação de veículos no local. Com a abertura da primeira etapa do anel viário que começa a ser usado a partir deste sábado, 15, o trânsito de caminhões, máquinas e treminhões pode gerar consequências.
O medo de caminhoneiros que fazem o transporte de grandes carregamentos é que a estrutura não suporte o peso. “Eu dirijo caminhão há muito tempo e passo frequentemente na ponte do Jardim Lírio. A questão é que o limite máximo da via é de 21 toneladas, mas, na verdade, circulam por lá, diariamente, veículos com muito mais que o dobro do permitido”, disse Adriano Vieira.
Segundo o motorista, caso um trabalho não seja feito, existe perigo de afundamento, o que pode causar tombamentos ou acidentes ainda mais graves.
“Só do local em que eu trabalho são 16 caminhões que passam lá todos os dias. Isso sem contar com os outros, de diversas empresas”, acrescentou.
A partir da abertura do anel viário, o uso da primeira etapa será obrigatório. Sendo assim, veículos pesados que precisarem passar pelo perímetro urbano da cidade para trocar de rodovia terão de pegar um trecho da via municipal Moisés Martins. De lá, passam pelo Jardim Lírio e acessam a marginal do Manduca.
O percurso já é feito por caminhoneiros que saem da rodovia Gladys Bernardes Minhoto (SP-129), ou da Senador Laurindo Dias Minhoto (SP-141), com direção às rodovias Antônio Romano Schincariol (SP-127) e Castello Branco (SP-280). No momento, o trecho é considerado seguro pelos usuários.
“Até agora, a via se encontra em bom estado”, informou Vieira. No entanto, o motorista disse que existem sinais de um possível desgaste. “Quando se passa lá, já se percebe (que algo não está certo). Treme tudo”, acrescentou.
Após a ponte e no trecho de acesso ao Jardim Lírio, o motorista enfatizou que há placas indicativas do peso máximo da via. Contudo, Vieira afirmou que não consta “nenhuma indicação restringindo o acesso dos caminhoneiros”.
De acordo com ele, a circulação de determinados veículos era proibida até antes da conclusão da primeira etapa do anel viário – que obrigaria a circulação pela ponte. Com o avanço das obras, houve remoção da placa restritiva.
“Até então, eu fazia um desvio, mas os guardas rodoviários disseram que vão multar depois que o anel viário for inaugurado. Agora, não temos opção. Seremos obrigados a passar ali, e o local não comportará”, avaliou o motorista.
Consultado sobre o assunto, o prefeito declarou que o Executivo tem consciência da questão, uma vez ser certo que o tráfego vai aumentar no trecho.
Manu afirmou que a equipe de governo também tem ciência de que alguns motoristas poderão tentar circular com mais toneladas do que é permitido.
Para evitar que haja problema em decorrência do uso, a Prefeitura optou por fazer um reforço na ponte. “Imediatamente, o que eu posso fazer é isso”, afirmou.
Segundo o prefeito, as primeiras providências estão sendo adotadas pelo vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura, Vicente Aparecido Menezes, Vicentão.
Nesta semana, ele vai discutir ações possíveis com engenheiros do Mangueirão. “Creio que, na semana que vem, a ponte já vai estar em obras, justamente para prevenirmos algum acidente”, afirmou Manu.
Conforme ele, a adequação da ponte para a carga à qual ela estará sujeita era esperada. Manu declarou que o desafio da gestão é “trabalhar contra o relógio”, para permitir que o dispositivo de ligação possa ser utilizado sem transtornos.
A maior preocupação é de que, com uma interdição, a primeira etapa do anel viário ficaria inutilizada, prejudicando o escoamento da produção. Como não existiriam novos acessos, os caminhoneiros precisariam se deslocar pelo distrito de Americana para acessar a SP-129 e, de lá, os outros destinos.