Estresse e ansiedade podem desregular o ciclo menstrual e afetar a fertilidade, alerta ginecologista

Camila Bolonhezi

Estresse, ansiedade e noites mal dormidas não afetam apenas o humor e a produtividade: eles também podem ser grandes vilões da saúde ginecológica. De acordo com a ginecologista Dra. Camila Bolonhezi, CEO do Instituto Macabi, essas questões emocionais têm impacto direto na menstruação e na fertilidade das mulheres.

“Os níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse, interferem diretamente na produção de progesterona e estrogênio. Isso pode fazer com que o ciclo menstrual se desregule, provocando atrasos, sangramentos fora de hora, aumento de fluxo ou cólicas mais intensas”, explica a médica.

Para minimizar os efeitos do estresse no corpo, Dra. Camila recomenda estabelecer uma rotina mais saudável e regular: “Dormir e acordar sempre nos mesmos horários, jantar cedo e manter pelo menos oito horas de sono de qualidade são medidas que fazem diferença. O corpo funciona melhor com rotina — inclusive o sistema reprodutivo”.

Reduzir o consumo de cafeína e praticar atividades físicas com regularidade também são estratégias eficazes. Segundo a ginecologista, movimentar-se diariamente ajuda na liberação de neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, contribuindo para o equilíbrio hormonal.

Além disso, práticas de respiração guiada, meditação e acompanhamento psicológico são aliados importantes para aliviar o estresse e melhorar o padrão menstrual. No entanto, Dra. Camila ressalta que nem toda irregularidade tem origem emocional. “Hoje em dia, todo mundo está estressado e ansioso, mas isso não pode ser um diagnóstico automático. É fundamental procurar um ginecologista de confiança para investigar causas orgânicas e garantir um cuidado completo com a saúde feminina”, reforça.

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